A Anvisa negou, nesta quarta-feira (31), o pedido de importação emergencial da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, contra a covid-19. Os diretores da agência entenderam que faltam dados que garantam a segurança e qualidade da vacina.
Em entrevista ao vivo no Brasil Urgente, o presidente da agência, Antônio Barra Torres, explicou os motivos da recusa. Ele lembrou que funcionários da Anvisa estiveram na fábrica na Índia para inspeção da produção do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) e das vacinas já envasadas, mas a certificação de boas práticas não foi concedida.
"Tanto um quanto o outro [IFA e vacinas envasadas] não reuniram as condições mínimas para a aprovação da Anvisa”, justificou Barra Torres, que fez questão de explicar para o apresentador José Luiz Datena que a negativa não é o fim das tratativas com o fabricante, exaltando a expertise do laboratório indiano e que as adequações podem garantir a aprovação no futuro.
A Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos é um dos passos que devem ser seguidos pelos laboratórios antes de solicitar o uso emergencial ou definitivo de uma vacina no Brasil.
“Inspeção é o retrato do momento, onde se constatam fatos, eles têm que ser registrados e não podem ser esquecidos. Também, os quesitos para a importação excepcional que se buscava fazer não foram completados”, disse Barra Torres.
O Governo Federal já assinou um contrato que prevê a compra de 20 milhões de doses do imunizante da Bharat Biotech, que é parceira da Precisa Medicamentos para produção no Brasil.
A Covaxin já foi aprovada na Índia em caráter emergencial.