Policias do Rio e SP investigam suspeito de aplicar "golpes do Tinder"

Com perfis de ostentação, ele teria feito vítimas em diferentes estados

Por Clara Nery

As polícias de São Paulo e Rio de Janeiro investigam Rafael Correa de Paula pela suspeita de aplicar golpe por meio de aplicativo de namoro e dar prejuízo milionário à vítima.

Nas redes sociais, Rafael ostentava viagens de primeira classe para cenários paradisíacos, passeios monumentais, roupas de grife, estadias em hotéis de luxo da Europa e África. Nas páginas e aplicativos de relacionamento, ele se apresentava como herdeiro e administrador de fazenda.

Segundo as denúncias, ele coleciona vítimas em diferentes estados. Uma delas teria sido um empresário do Rio de Janeiro. Em dezembro de 2021, eles se conheceram em um aplicativo de paquera. Semanas depois, ambos marcaram um encontro em um hotel na orla de Ipanema, na zona sul do Rio. A partir dali engataram um romance e o empresário foi convidado a acompanha-lo em viagens internacionais.

Mas depois de um tempo começou uma desconfiança por parte do empresário, que decidiu colocar um ponto final no relacionamento.

Foi então que, segundo o empresário, começaram as importunações. Ele teve os dados pessoais e bancários usados para fazer compras de altos valores pela internet, além de diversos cartões clonados e um prejuízo de mais de R$ 90,6 mil.

No Rio de Janeiro, há dois inquéritos policiais abertos contra Rafael em sedes policiais diferentes. Na delegacia do Leblon foi registrada uma ocorrência após ele invadir o prédio onde o empresário mora.

Já na sede de Ipanema, Rafael denunciou ter sido vítima de socos e chutes por parte do empresário. Porém, nesse inquérito, imagens de segurança desmentem a versão do rapaz, que foi indiciado por atribuir falsamente um crime ao ex-companheiro.

Em São Paulo, Rafael é investigado por estelionato, agressão e ameaça. Já em Campinas, ele é alvo de inquérito de lesão corporal por ter supostamente dado um tapa em uma mulher que trabalhava como caixa de mercado após ela dizer que não teria troco para R$ 100.

Na cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado, Rafael também é réu em um processo por ter utilizado dados de outro homem para contratar três pacotes de viagem no valor de R$ 2,3 mil em uma agência de turismo através de um financiamento.

A reportagem do Brasil Urgente entrou em contato com Rafael, que afirmou apenas que as denúncias são improcedentes e que vai registrar um boletim de ocorrência na delegacia sobre as informações veiculadas.

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