Policial delatado por Gritzbach é preso após operação da PF que desarticulou esquema bilionário

A investigação teve início em 2022 e revelou um complexo sistema bancário paralelo e ilegal

Da Redação, com Mark Figueiredo

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (26), a Operação Tai-Pan, para desarticular organização criminosa voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Os investigados teriam movimentado R$ 6 bilhões nos últimos 5 anos.

A polícia cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão. Entre os envolvidos estão policiais, gerentes de bancos e contadores. Um dos alvos das ordens judiciais foi uma Fintech que funciona em um prédio na zona sul da capital paulista. O negócio, controlado por um policial civil, teria sido usado para lavar dinheiro do pcc.

O policial Cyllas Salerno Elia Júnior que trabalhava na delegacia de repressão a crimes cibernéticos do Deic foi preso. Ele foi citado na delação premiada do delator do PCC, Vinicius Gritzbach como sócio de dois traficantes mortos em guerra interna da facção.

Ele é apontado como comparsa de um chinês, líder do esquema que movimentou mais de R$ 800 milhões só no ano passado. O capitão Diogo Costa Cangerana também foi detido por suspeita de ser o articulador do esquema financeiro.     

Além das prisões, a justiça autorizou o bloqueio de até R$ 10 bilhões de 214 empresas de fachada. O dinheiro era enviado principalmente para 15 países dos continentes americano, europeu e asiático. Os investigados vão responder por organização criminosa, ocultação de capitais e evasão de divisas, com penas que podem chegar a 35 anos de prisão.

A investigação teve início em 2022 e revelou um complexo sistema bancário paralelo e ilegal, movimentando bilhões dentro do país e em outros países, como Estados Unidos Paraguai, Itália e principalmente em Hong Kong e China.

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