Um grande cerco foi montado nas proximidades da rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, para localizar um empresário de origem japonesa – que era mantido refém por sequestradores e foi libertado na noite desta quarta-feira (29). As informações são do Brasil Urgente.
O homem, de cerca de 50 anos, foi sequestrado depois de deixar um restaurante, onde havia participado de um jantar com amigos na terça-feira (28). De lá, partiu para um encontro, e não voltou mais para casa.
“A gente recebeu a informação que ele estava no jantar, porém conversando com alguém em um aplicativo, o Tinder. Depois, estava falando no WhatsApp”, afirmou Artur Dian, delegado do GER (Grupo Especial de Reação), da Polícia Civil paulista.
A Polícia Civil tinha como ponto de partida apenas a região do restaurante. No entanto, por meio do rastreio das antenas de telefonia celular e do monitoramento da placa do carro da vítima, os agentes chegaram à comunidade do Sapé, na zona oeste da capital paulista. Era lá que a vítima estava sendo mantida refém por quase 24 horas.
“A gente fez um trabalho de saturação, com abordagens nos locais, também com o uso do helicóptero. A gente tomou conhecimento que alguns indivíduos que moram ali, que atuam também em casos de sequestros-relâmpago, que já foram presos inclusive, se evadiram do local na hora”, acrescentou Dian.
Primeiro a polícia localizou o carro do empresário abandonado perto da rodovia Raposo Tavares. Duas horas depois, a vítima foi encontrada.
“Foi encontrada extremamente debilitada, assustada”, afirmou o delegado Ronaldo Sayeg. “Sabemos de que região são os criminosos e esperamos prender essa quadrilha o mais breve possível.”
Segundo o delegado, os sequestradores usaram os cartões bancários da vítima em máquinas portáteis de pagamento.
O empresário foi mais uma vítima do golpe do Tinder, aplicativo de relacionamento que tem sido usado como isca para atrair vítimas. Por isso, a Polícia Civil faz orientações para que os usuários do app evitem problemas.
“Primeiro encontro, local público. Ponto. Se for um golpe, a pessoa vai acabar saindo fora, vai inventar uma desculpa”, afirmou o delegado Sayeg.