Um adolescente de 16 anos foi apreendido nesta sexta-feira (3) por suspeita de ser autor dos disparos que mataram a turista baiana que entrou por engano na favela do Fontela, na zona oeste do Rio de Janeiro. 

A delegacia de homicídios da capital identificou que ele estava escondido a cerca de 30 quilômetros da comunidade, no Complexo da Penha, zona norte. O infrator seria o responsável pela segurança da favela do Fontela. Contra ele, já havia um mandado aberto de busca e apreensão pela prática de atos infracionais anteriores. Ele foi apreendido pelo menos outras duas vezes. 

A determinação do tráfico de drogas é de que os motoristas que trafegam pelas comunidades fiquem com vidros abaixados, luz interna acesa e alerta ligado. Mas o motorista de aplicativo que dirigia o carro solicitado por Diely da Silva, de 34 anos, também não era do Rio de Janeiro, assim como a vítima, e não conhecia as regras. 

Anderson Sales Pinheiro nasceu em Pernambuco e mora na Baixada Fluminense. Ele levou um tiro nas costas, mas conseguiu dirigir por mais 1 quilômetro até encontrar uma equipe da Polícia Militar.

Em depoimento, disse que não percebeu nenhuma ordem de parada dos criminosos. No entanto, ao perceber os disparos, abaixou as janelas, acendeu a luz interna e ligou o alerta. Em seguida, tentou fugir do local.

A baiana levou um tiro no pescoço e morreu na hora. Uma amiga também estava no veículo na hora dos disparos, mas não foi atingida e passa bem.

O corpo de Diely da Silva foi sepultado na manhã desta terça-feira (31), na véspera do réveillon, na cidade de Candiba, na Bahia, estado onde nasceu. A turista morava em São Paulo e trabalhava como gerente contábil. Ela tinha acabado de chegar ao Rio para passar o segundo réveillon consecutivo.

A delegacia de homicídios da capital ainda tenta identificar outros envolvidos no crime.

Em nota, o governo do estado se solidarizou com a família da vítima e destacou investimentos realizados na área da segurança pública. A Polícia Militar disse que reforçou o patrulhamento na região e que apreendeu um fuzil e um carregador na comunidade no dia seguinte à morte.