Polícia Civil busca investigados por ameaças a Alexandre Frota

Deputado faz parte de ações contra festas em SP durante pandemia de Covid-19

Da Redação, com Brasil Urgente

Deputado faz parte de ações contra festas em SP durante pandemia de Covid-19 Reprodução
Deputado faz parte de ações contra festas em SP durante pandemia de Covid-19
Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo realiza nesta segunda-feira (31) uma operação para investigar ameaças contra o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP). As informações são do Brasil Urgente.

A operação é comandada pelo Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da Polícia Civil.

Frota tem atuado no combate a aglomerações e festas clandestinas, em ações contra a pandemia do novo coronavírus na capital paulista. No sábado (29), ele afirmou ter recebido ameaças de morte pelo WhatsApp, em mensagens enviadas por um grupo de produtores de eventos. Entre os planos, estaria uma arrecadação para matar Frota.

“Isso não vai me intimidar, não tenho medo. Muito pelo contrário, a gente sabe que está no caminho certo”, garantiu no fim de semana.

À reportagem, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do Dope, informou nesta segunda-feira que o grupo iria se apresentar até o final da tarde. Todos os envolvidos foram identificados.

“Eles vão se apresentar porque sabem que estão sendo procurados. Parece que eles arrumaram advogados e vão se apresentar juntos”, disse Nico, que lamentou as ameaças a Alexandre Frota.

“É uma covardia o que fizeram com o Alexandre em várias redes sociais, encomendando para ele subir para o andar de cima. Isso é ruim demais”, afirmou também.

No último fim de semana, a força-tarefa da polícia flagrou centenas de pessoas em eventos clandestinos. Frota, um dos coordenadores das ações, denunciou ao Ministério Público as ameaças sofridas. A denúncia foi encaminhada ao procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, Mário Sarrubbo, por ameaça e associação criminosa.

Na representação, o parlamentar elencou oito pessoas que participaram da conversa. De acordo com o texto, o grupo planeja, instiga, idealiza, propõe, trama e cria a narrativa para que seja levada a cabo a ameaça de morte contra ele.

O deputado sustenta que a associação para o cometimento do crime também está óbvia, pois há a promessa da recompensa para a execução do assassinato.

A conversa registrada teria acontecida ainda durante a ação na boate Regente, na zona leste de São Paulo. No local, os jogadores David Neres, do Ajax (Holanda), e Arboleda, do São Paulo, foram flagrados pela força-tarefa.

“Vamos fazer uma vaquinha e mandar subir”, sugeriu um dos integrantes do grupo, que se identifica como promotor de baladas. “Subir” seria uma referência a um homicídio.

Quem escreve usa um xingamento, mas o deputado federal afirma que ele é o alvo da possível vaquinha.

“Mil reais de cada (um) que está aqui, sobe fácil”, reforça o promotor de eventos.

“Único jeito”, completa outra pessoa.

Ainda na conversa, os integrantes do grupo apontam um rapaz que acusam de ser informante do deputado e planejam uma emboscada para o suspeito de passar informações sobre as festas.

Alexandre Frota é um dos integrantes da força-tarefa e usa uma rede de contatos para descobrir onde e quando as festas clandestinas vão acontecer. Além da denúncia ao Ministério Público, Frota registrou Boletim de Ocorrência e já tem a identificação dos integrantes do grupo.