Polícia busca suspeitos de sequestro e morte de empresária em São Paulo

Karina dos Santos Origa foi assassinada após deixar academia

Marcelo Moreira, do Brasil Urgente

A Polícia Civil da cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo, está atrás de pelo menos dois suspeitos de participação no sequestro e morte da empresária Karina dos Santos Origa, de 35 anos. A perícia no carro da vítima, abandonado à beira do Rodoanel, ajudou a investigação.

Karina foi sequestrada por volta das 9h10 da última terça-feira (14), quando saía de carro da academia que frequentava. O marido procurou o estabelecimento três horas mais tarde para saber sobre o paradeiro da mulher.

A polícia acredita em crime de mando, já que nada foi roubado. Karina não estava com o aparelho celular, que ela não levava à academia com medo de assaltos.

Para a polícia, a motivação pode ser passional ou algum desacordo comercial. Ela trabalhava na empresa do marido com assessoria para alvarás de funcionamento de empresas e comércios. A investigação quer chegar aos autores do crime para descobrir a real motivação, e quem está por trás do homicídio.

O carro da empresária já passou por uma perícia da Polícia Científica em busca de provas que levem à identificação dos executores do crime. O interior de veículo tem marcas de incêndio, principalmente nos bancos dianteiros.

Segundo a polícia, a intenção dos criminosos era destruir indicio dos autores, apagar digitais e coleta de material genético dos criminosos – o que não deu certo. Os executores tinham tanta pressa na hora da desova do veículo à beira do Rodoanel que, na fuga, ao fecharem as portas do carro, acabaram interrompendo a propagação das chamas.

O marido de Karina, Edson, prestou depoimento demorado nesta quarta-feira (15), acompanhado de um advogado. “Até então, ele não está sendo indiciado, investigado, nada. Ele é quem mais quer esclarecer o que aconteceu com a esposa”, disse o advogado Joseval Marques. 

Segundo testemunhas, Karina e Edson teriam brigado na noite anterior ao crime. A discussão foi tão feia que os vizinhos chamaram a segurança do condomínio.

Tiro a curta distância

A Polícia Civil quer saber onde a empresária foi sequestrada. De acordo com os policiais, a poucos quarteirões da academia, onde ela passou uma hora.

No local, de acordo com a investigação, dois sequestradores entraram no carro de Karina, enquanto um terceiro criminoso dava cobertura a bordo de um outro veículo, que ajudou no arrebatamento.

Os executores percorreram um longo caminho até o local onde o corpo foi deixado. O trajeto passou por Perus (São Paulo), Caieiras, a represa da serra da Cantareira, até chegar a uma estrada de terra, onde só chega quem conhece a região.

Pela quantidade de sangue no local, a polícia acredita que Karina foi assassinada com um tiro na nuca a uma curta distância. Segundo a polícia, os bandidos não tiveram a preocupação de esconder o corpo da empresária de 35 anos, que estava a menos de cinco metros da estrada de terra

Karina foi achada por um morador da região. Ela estava vestida com a roupa que deixou a academia. Não tinha sinais aparentes de tortura, agressão ou violência sexual. O tiro a curta distância atravessou a cabeça da vítima.

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