Polícia busca envolvido em morte de mulher que teria sido encomendada por ex

Priscila dos Santos Nunes, 35 anos, foi vítima de uma emboscada em 3 de agosto na cidade de Jundiaí (SP)

Da Redação, com Brasil Urgente

Priscila dos Santos Nunes, 35 anos, foi vítima de uma emboscada em 3 de agosto na cidade de Jundiaí (SP) Reprodução
Priscila dos Santos Nunes, 35 anos, foi vítima de uma emboscada em 3 de agosto na cidade de Jundiaí (SP)
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A Polícia Civil de São Paulo ainda busca um dos três envolvidos no assassinato de Priscila dos Santos Nunes, morta a tiros em Jundiaí (SP) na noite de 3 de agosto. As informações são do Brasil Urgente.

O operador de empilhadeira Edmilson Jesus, de 55 anos, é suspeito de ter pago R$ 900 para que dois bandidos matassem Priscila, de 35 anos, ex-companheira dele.

A mulher foi executada a tiros em uma emboscada. Ela e o novo namorado, que é mecânico de carros, foram atraídos por meio de um falso pedido de socorro até uma avenida em um bairro afastado da cidade.

“Parece que ouvi um tiro que falhou. Saíram outros três tiros”, diz um morador da região, cuja identidade foi preservada.

Quando Priscila e o namorado chegaram ao local, logo viram um Ford Escort parado com o pisca-alerta ligado - seria o carro em busca de socorro. La dentro estava o motorista. O outro suspeito estava do lado de fora.

Armado, ele fez o primeiro disparo, mas a arma falhou. Nesse momento, o namorado de Priscila gritou para que ela corresse. Ele se jogou para uma ribanceira e conseguiu escapar. Mas a namorada foi atingida pelos tiros.

Os disparos atingiram o rosto, as costas e um braço de Priscila, que morreu na hora. Os dois suspeitos fugiram em seguida. O namorado da vítima conseguiu correr até uma casa na vizinhança, onde pediu ajuda.

Dois presos

Não demorou muito para que o quebra-cabeça começasse a ser montado pela Polícia Civil, que logo chegou ao dono do carro usado no crime.

Conhecido como Baiano, Edmilson foi o segundo a ser preso. Ele não tinha passagem pela polícia e se mantém em silêncio.

“A vítima devia um dinheiro para ele, a Priscila. Ele teria encomendado a morte dela em razão da dívida que não foi quitada”, diz o delegado Carlos Soares, da Polícia Civil paulista.

“O atirador também tinha uma dívida com o mandante, que foi abatida. O mandante ainda acabou dando um valor tanto para ele, executor, quanto para a pessoa que conduziu o veículo, para que os dois fugissem daqui”, acrescentou.

Cada um recebeu R$ 900. Já identificado, o atirador é o único que falta ser preso.

Apesar de a investigação trabalhar com a hipótese de motivação financeira, a família de Priscila acredita em feminicídio. Ela e Edmilson estavam separados há apenas três meses.

‘Quero que ele sofra na cadeia’

Faz quase um mês que dona Mara perdeu a filha de forma trágica. O choque é tamanho que até agora ela não conseguiu chorar.

“É tanto ódio dentro do coração que eu estou que eu não consegui chorar”, diz. “A única coisa que eu quero é que ele sofra na cadeia.”

Como Priscila estava sem celular, foi por mensagem enviada ao telefone da mãe que o suposto pedido de socorro a um carro quebrado foi feito na noite do crime.

Uma armadilha, já que o novo namorado da filha trabalhava com consertos automotivos. Os disparos que eram para ele falharam.

“Quantas vezes ela chorava. ‘Mãe, eu não aguento mais.’ Ele já bateu, quebrou braço dela”, relembra Mara.

Segundo a mãe, Priscila aproveitou um dia em que Edmilson saiu para trabalhar e foi embora de casa. Ela se mudou para a cidade de Bauru (SP), e foi lá que conheceu o então namorado, que foi vítima da tentativa de homicídio.

Mas a mãe dela ficou doente, e ela acabou retornando a Jundiaí. Desde que voltou, era sempre ameaçada pelo ex.

Mara diz que a filha não devia dinheiro ao Edmilson, e que ele não era agiota. Uma história que, segundo ela, teria sido inventada por ele. Priscila deixou quatro filhos de outro relacionamento.

“Como que o cara tem coragem de pagar R$ 900 para tirar a vida de um ser humano? Espero que ele apodreça na cadeia”, desabafa a mãe da vítima.