A investigação que apura o assassinato de Vinicius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos ouviu, na sede do DHPP no centro de São Paulo, o último policial que fazia escolta do empresário e ainda não havia sido interrogado.
O PM viajou com Vinicius, um motorista e a namorada da vítima para Maceió. Segundo o ex-advogado do empresário e que agora irá a assumir a defesa do policial e do motorista de Gritzbach, a viagem era para tratar de negócios no ramo imobiliário.
Já na capital de Alagoas, Vinicius teria recebido uma ligação de um homem para negociar uma dívida de R$ 6 milhões. Parte do pagamento ao empresário seria feito com as joias, já aprendidas pela polícia e que Vinicius trazia na bagagem na hora em que foi executado.
As joias apreendidas pela polícia são avaliadas em mais de R$ 1 milhão. O advogado acredita que elas foram usadas como isca no plano de ataque e execução que teria começado lá Maceió e terminou no maior aeroporto do país. Em entrevista ao Brasil Urgente, o advogado disse ter convicção de quem é o mandante do crime.
No entanto, na tarde de segunda (11), enquanto esteve no DHPP, segundo o próprio advogado, ele não apresentou o suposto nome aos investigadores, porque teria que reunir um pacote de provas para entregar à polícia. Além do empresário assassinado, mais três pessoas que não tinham relação com Vinicius foram baleadas no ataque.
O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, está entre as vítimas. Ele foi baleado com um tiro de fuzil nas costas e morreu no hospital. Celso era casado e deixou três filhos, o mais novo, um menino de apenas três anos de ano.
Vinicius Gritzbach havia firmado em março deste ano um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo, para relatar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, e um suposto esquema de corrupção dentro da polícia civil de SP.
Gritzbach é apontado como o mandante das mortes de Anselmo Cara Preta e do motorista de Ansnelmo, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. A dupla execução foi em 2021 e teria sido motivada após o PCC descobrir que o empresário estaria desviando dinheiro da facção.
Além do policial que viajou com Vinicius até Maceió, a polícia já ouviu outros quatro PMs que fariam a segurança do réu no desembarque do aeroporto. Dos quatro, apenas um estava no aeroporto na hora dos tiros.
Três ficaram em um posto de combustíveis, após um dos carros da escolta quebrar. Os PMs foram afastados da corporação e tiveram os celulares apreendidos. O DHPP investiga se eles falharam no esquema de segurança de propósito.