A megaoperação da polícia federal cumpriu 13 dos 16 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em São Paulo e mais cinco estados do país, além do Distrito Federal. Segundo a investigação, o grupo criminoso movimentou nos últimos cinco anos cerca de R$ 6 bilhões, em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O esquema criminoso, segundo a investigação, era comandado por chineses e tinha a forte atuação de brasileiros, incluindo policiais civis, militares, gerentes de banco e contadores.
Entre os presos está um investigador da polícia civil, que trabalhou na delegacia de repressão a crimes cibernéticos do Deic. De acordo com a polícia federal, ele era um dos donos de um banco digital, usado no esquema criminoso.
O policial civil Cyllas Elia, foi citado pelo delator do PCC, Vinicius Gritzbach, assassinado no início do mês no aeroporto de Guarulhos. Vinicius teria apontado o investigador como um dos sócios de Anselmo Cara Preta e do Japa, dois traficantes mortos em uma guerra interna da facção. Um capitão da PM também está entre os presos da operação da polícia federal. Ele atuaria como articulador do grupo criminoso.
O esquema envolvia uma meiga rede internacional de um sistema bancário paralelo e ilegal com atuação em pelo menos 13 países, incluindo Estados Unidos, Paraguai , Turquia e principalmente Hong Kong e China. A operação da PF fez o bloqueio de R$ 10 bilhões das contas de 214 empresas.