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PCC usa ‘prédio do sexo’ para explorar tráfico de drogas e prostituição em São Paulo

O local fica na região central da cidade

Por Lucas Martins

PCC usa ‘prédio do sexo’ para explorar tráfico de drogas e prostituição em São Paulo
Reprodução/Brasil Urgente

Uma investigação do Ministério Público encontrou um edifício usado pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC no centro de São Paulo. O local era usado para explorar o tráfico de drogas e a prostituição.

Batizado de prédio do sexo, o edifício Itatiaia foi construído em 1946. O local já foi um dos endereços mais valorizados da capital paulista nos anos de 1950, 60 e 70, mas hoje virou um dos pontos de exploração da prostituição comandados pelo partido do crime.

O Brasil Urgente teve acesso ao relatório da operação saúde e dignidade do Ministério Público, que revelou como o PCC explora mulheres com a prostituição no centro da maior cidade do hemisfério sul do planeta.

De acordo com o MP, três porteiros que já atuavam em dois prédios no centro se filiaram ao PCC e assumiram o comando dos prédios que funcionam como bordéis da organização criminosa. Os locais servem também para tráfico de drogas e tem bares que são usados para a lavagem de dinheiro.

Os promotores do grupo do MP que combate o crime organizado, o Gaeco, dizem que os porteiros se "filiaram ao PCC para traficar drogas e atuar na exploração sexual de pessoas e ainda exercer a função de disciplina, fazendo valer o código de conduta do crime". Quem desafia a organização, pode sobreviver depois de sofrer espancamento, tortura ou mutilação, mas normalmente a pena inclui a morte depois dos castigos.

Nas imagens exclusivas, é possível ver mulheres seminuas diante de cabines e circulando pelos corredores do prédio em meio aos clientes, muitos com roupas de trabalho. O funcionamento é somente durante o dia. A cada lance de escada, há um bar, onde o cafetão do andar vende bebidas alcoólicas e drogas.

De acordo com os promotores os antigos hotéis onde funcionam o tráfico de drogas e a exploração sexual tem espaços para dividir clientes "em categorias conforme a condição financeira".

Os promotores dizem que as mulheres são exploradas para se prostituírem em troca de entorpecentes, e que além para a prática das atividades ilícitas, opera o "branqueamento" (lavagem desse dinheiro do crime).

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