PCC negociou com máfia italiana compra de armas de grupo terrorista do Paquistão

Quem ofereceu o armamento em troca de cocaína foi um mafioso que comandou os negócios da Ndrangheta no Brasil

Por Rodrigo Hidalgo

Uma investigação da Polícia Federal descobriu que o PCC negociou o recebimento de armas que pertenciam a um grupo terrorista do paquistão como pagamento pelos carregamentos de droga mandados para a máfia italiana.

Quem ofereceu o armamento em troca de cocaína foi um mafioso que comandou os negócios da Ndrangheta no Brasil, enquanto esteve foragido.

 Rocco Morabito e um comparsa italiano foram presos em 2021 em um hotel de João Pessoa. O mafioso foi extraditado para a Itália em julho do ano passado, onde cumpre pena de 30 anos de prisão na Europa.

A Ndrangheta ainda montou uma rede de negócios com o Clã do Golfo, maior grupo criminoso da Colômbia em parceria com uma facção albanesa que atua no Equador no envio de cocaína para a Europa por meio dos portos. Os traficantes ainda mandavam droga para a Austrália.

A maior parte da cocaína entrava pelos portos da Antuérpia, na Bélgica, Roterdã, na Holanda e de Gioia Tauro, na Calábria, sul da Itália.