PCC lucra milhões e desafia autoridades com violência extrema

O crescimento exponencial da facção criminosa já preocupa governos de todo o mundo, principalmente na Europa.

Lucas Martins

No dia 31 de agosto, há 29 anos, o terror nascia numa penitenciária do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Autoridades se recusaram a reconhecer a organização do crime e se negavam sequer a pronunciar a sigla: PCC.

O erro custou caro. O time de futebol virou facção criminosa, que se transformou em cartel de drogas e hoje é a oitava máfia do mundo faturando bilhões de dólares por ano.

A primeira demonstração de poder do PCC foi em 2001, com a megarrebelião que atingiu 28 unidades prisionais do estado. Em 2003, o juiz Machadinho, corregedor da região de Presidente Prudente foi assassinado. Em 2006, o crime resolveu enfrentar o estado.

Hoje, o PCC mudou de atuação. Criminosos ligados à organização são liberados para cometer crimes como assaltos do novo cangaço, comandam pontos de vendas de drogas e exploram desmanches clandestinos.

Mas tudo isso deixou de ser uma preocupação da máfia das drogas, que concentra toda a força no tráfico internacional de cocaína e a lavagem de dinheiro.

O crescimento exponencial já preocupa governos de todo o mundo, principalmente na Europa. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden mandou uma comitiva ao Brasil e mudou as regras para processar criminosos estrangeiros que tentam cometer crimes ou lavar dinheiro por lá.

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