PCC: cúpula da facção é transferida para presídio em Brasília

Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, um dos principais líderes do PCC, foi levado para o mesmo presidio onde está Marcos Herbas Camacho, o Marcola

Marcelo Moreira

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PCC
Reprodução/Jornal da Band

Uma transferência estratégica, segundo a Secretaria Nacional de Politicas Penais. Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, um dos principais líderes do PCC, foi levado para o mesmo presidio federal em Brasília, onde está Marcos Herbas Camacho, o Marcola, número um da facção criminosa paulista.

Segundo a Senappen, uma forma de tirar criminosos perigosos de penitenciárias, onde eles possam planejar com a ajuda de outros detentos ataques e sequestros a autoridades e policiais, além de arquitetar fugas e resgates de presos.

Amigo de infância de Marcola, Fuminho foi preso em 2020 e cumpria pena em um presidio federal de segurança, em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Condenado há 26 anos por tráfico de drogas e armas e formação de quadrilha, ele era apontado como um dos grandes fornecedores de drogas para o PCC e passou muito tempo foragido da justiça até ser preso em Moçambique, no continente africano, por agentes da Polícia Federal.

De acordo com a polícia, ainda em liberdade, Fuminho teria recebido do PCC R$ 200 milhões para pôr em pratica um plano para resgatar Marcola e outros líderes da facção da penitenciaria de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, em 2018.

A descoberta do plano de resgate levou a tropa de choque para a região e na sequência, o Ministério Público de São Paulo ordenou a transferência de Marcola e outros líderes para presídios federais

Essa estratégia de isolar em um mesmo presidio os principais líderes do PCC, por questões de segurança, já levou para Brasília outros quatro importantes nomes na hierarquia do crime organizado.

Entre os novos vizinhos de cela de Marcola, em Brasília, estão, Claudio Barbara da Silva, o Barbara; Reginaldo do Nascimento, o Jatoba; Roberto Soriano, o Tiriça e Abel Pacheco Andrade, o Vida Loka. Todos também saíram recentemente de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A transferência da cúpula do PCC para a capital federal deixa em alerta, todo o esquema de segurança da penitenciaria federal e traz novas ameaças a servidores do sistema prisional, representantes do Ministério Público e judiciário, que, convivem em constante alerta.

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