Atendente que não permitiu "jeitinho" por atraso em embarque salvou passageiro

Adriano Assis afirma que confusão entre Latam e VoePass fez ele e outros passageiros perderem a viagem, que terminou com a morte de 61 pessoas

Da redação

Adriano Assis diz que teve a vida salva por questão de três minutos. Ele, que é um dos passageiros que perdeu o voo que terminou com a morte de 61 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, contou ao Brasil Urgente porque não entrou no ATR-72 que iria para Guarulhos nesta sexta-feira (9). 

"Foi por três minutos que perdi o voo, então o sentimento é de agradecer a Deus e depois um sentimento de tristeza pelas pessoas que perderam os entes queridos", diz. Ele conta que chegou cedo para pegar o voo, que originalmente era da Latam. "O guichê estava fechado, então a VoePass assumiu o voo, mas ninguém me informou", conta.

Adriano diz que foi salvo pela seriedade do atendente do portão de embarque, que não o permitiu entrar na aeronave. "Um pessoal que foi chegando também perdeu, então fiquei lá em cima no refeitório para comer ali e fiquei esperando a Latam abrir e nada dela abrir, aí desci, tinha um tumulto ali ainda e quando cheguei no guichê, o cara não me deixou embarcar. Até quero agradecer o atendente, porque se tivesse o 'jeitinho brasileiro' para eu embarcar, eu seria mais uma vítima", afirma.

O avião decolou de Cascavel, no Paraná, e pousaria em no aeroporto de Guarulhos. Não há sobreviventes. O secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que os corpos devem ser levados para São Paulo.

Vídeos obtidos pela Band mostram o momento do acidente e as chamas que tomaram conta da estrutura, dentro do Residencial Recanto Florido. A companhia VOEPASS Linhas Aéreas confirmou 57 passageiros e 4 tripulantes a bordo. 

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