Pai é preso após matar e simular suicídio do próprio filho na Zona Leste de São Paulo

Ex-policial militar atacou a vítima e saiu para beber após o crime; jovem chegou a ser atendido, mas não sobreviveu aos ferimentos

Por Maria Paula Limah

Vítima foi morta pelo próprio pai
Reprodução/Band

Um ex-policial militar foi preso temporariamente acusado de matar e simular o suicídio do próprio filho de 27 anos na Vila Curuçá, na Zona Leste de São Paulo. Tomás de Freitas foi encontrado caído na garagem da casa e até foi levado ao hospital, mas chegou até a unidade de saúde sem vida. 

A vítima apresentava ferimentos na parte de cima da cabeça, na nuca, testa e lado direito do crânio. O pai do rapaz disse para a Polícia Militar, que atendeu à ocorrência, que o filho estava bêbado e se jogou de um vão entre os telhados da casa e da garagem, para tirar a própria vida. O ex-militar disse ainda que o filho sofria com depressão e que havia tomado um litro de água sanitária. 

Ao chegar no local, a Polícia Civil descartou a hipótese de suicídio e o pai passou a ser o principal suspeito de matar o próprio filho. "A posição do corpo era incompatível, canos estavam empoeirados, não tinha como o rapaz passar naquele vão sem bater nos canos", explica a delegada Aline Lima. 

O pai de Tomás saiu para beber após o crime e ficava bebendo enquanto o filho era atendido. A delegada conta que teve que chamar a atenção dele e o homem não quis acompanhar a vítima até o hospital. 

Tomás morava na casa com o pai e a avó há três meses. Segundo vizinhos, os dois tinham uma relação conturbada. A irmã da vítima diz que os dois também tinham problemas com drogas e álcool e uma vizinha ouviu a briga entre pai e filho no mesmo dia. Segundo a polícia, o pai de Tomás foi preso e condenado por corrupção, cumpriu pena e acabou expulso da PM em 2007. 

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