As marcas de uma violência brutal continuam por todo o corpo da criança de oito anos. Os cortes provocados por uma faca, estão no braço, nas costas e no peito do menino. A sessão de tortura, segundo o próprio garoto contou ao pai, foi promovida pelo padrasto e começou dentro do banheiro da casa onde a criança morava com o agressor e a mãe, em São Paulo.
O Brasil Urgente teve acesso a fotos do menino depois da agressão. A justificativa do padrasto era de que a criança agredida teria tentado estuprar a filha dele, de quatro anos, durante uma brincadeira. Nada foi provado.
O menino, agora sob a guarda provisória do pai biológico, vivia com a mãe e o padrasto há cerca de um ano. Nos últimos meses, o pai contou que passou a ter dificuldade em encontrar o filho porque era, simplesmente, impedido pela mãe, mas a situação se agravou diante da violência em que o menino sofreu agora no final ano.
O pai só tomou conhecimento das agressões no dia seguinte. Em um áudio em que o Brasil Urgente teve acesso, a mãe confirma a violência que o filho sofreu dentro de casa.
A Justiça entendeu que a mãe foi conivente com a violência. Ela e o agressor tiveram a prisão temporária decretada. A advogada do pai da criança luta para que a família paterna tenha a guarda definitiva do menino.
A criança passará por acompanhamento psicológico, e o pai do menino tem pela frente a dura missão de tentar ajudar nesse processo para apagar o trauma, presente não só no corpo, mas também na mente.