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Operação descobre esquema de tráfico de armas da milícia da cracolândia, em São Paulo

Armamento era negociado livremente no Centro da capital paulista; fluxo de dependentes era usado para gerar risco na região

Por Lucas Martins

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Pistolas de última geração, carabinas, fuzis e armamentos em geral, negociados livremente no centro de São Paulo, ao redor da cracolândia. Foi essa a descoberta da Operação Corta Giro, do Ministério Público, que encontraram provas das negociações no celular apreendido com o Guarda Civil Municipal Rubens Bezerra, preso por integrar uma milícia na região. 

De acordo com o Ministério Público, ele tinha contato com a milícia que usava dependentes químicos para gerar risco no Centro da capital paulista, para vender serviços de segurança a comerciantes da região. As negociações ocorriam também pelo WhatsApp. 

Ali, um contato já identificado pelo MP diz que iria 'pegar as peças e montar'. As peças, no caso, eram armas. Ele recebeu do GCM a foto de uma tabela de preços de balas, cartuchos, pólvoras e espoletas. Rubens vendia um fuzil ParaFAL a R$ 70 mil, uma carabina, a R$ 50 mil, uma pistola a R$ 18 mil e um revólver Magnum .44 a R$ 8.600. 

Ao longo da conversa, Rubens envia e recebe fotos de várias armas e munições, negociadas entre eles. Em outra conversa, de julho de 2022, o interlocutor confirma o recebimento de um arsenal com fuzis, carabinas, pistolas e revólveres. As armas eram negociadas com criminosos da região. 

Segundo o MP, as atividades se concentram em um estacionamento, uma espécie de escritório da milícia. No local, foram apreendidos celulares, documentos e munições. O local foi lacrado pela prefeitura. 

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