Operação da polícia civil prende chefões da feirinha da madrugada

A investigação durou nove meses e revelou um esquema milionário de extorsão de ambulantes no local, com venda de espaços na calçada e na rua

Por Cesar Cavalcante

Uma operação da polícia civil prendeu chefões da feirinha da madrugada, que acontece no Brás, no centro de São Paulo.

A investigação durou nove meses e revelou um esquema milionário de extorsão de ambulantes no local, com venda de espaços na calçada e na rua.

Segundo a polícia, a região do comércio popular do Brás era dividida entre três facções concorrentes. Uma delas comandada por Manoel Sabino – presidente da associação responsável pela nova feira da madrugada. Ele foi preso em casa, em um condomínio de luxo em Alphaville, na Grande São Paulo, junto com a esposa.

Sabino também é presidente do time de futebol São Caetano há um ano. Na mansão do casal, a polícia encontrou artigos de luxo e um revólver.

A operação Hades, da polícia civil, foi deflagrada com o objetivo de prender temporariamente 12 pessoas e cumprir 23 mandados de busca e apreensão.

A nova feira da madrugada foi construída com a promessa de abrigar cinco mil lojistas e organizar o entorno, que é ocupado por ambulantes. A concessão foi entregue à iniciativa privada e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo já apurava a cobrança irregular de valores para uso do espaço.

A operação também descobriu a cobrança por energia elétrica frutada e por uma taxa de segurança de R$ 300 mensais. Cada uma das facções lucrava até R$ 1 milhão por mês. A polícia também vê indícios de associação com o PCC.

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