Onde estão os cavalos apreendidos em operação que mira presidente de sindicato?

Os animais, alguns deles avaliados em R$ 2 milhões, pertenceriam ao deputado cassado Valdevan Noventa, investigado em suposto esquema de corrupção

Da redação

Alguns dos cavalos foram avaliados em R$ 2 milhões, cada Reprodução/TV Band
Alguns dos cavalos foram avaliados em R$ 2 milhões, cada
Reprodução/TV Band

Onde estão os cavalos de raça do ex-deputado federal cassado e presidente licenciado Valdenvan Noventa, investigado em suposto esquema de corrupção na diretoria do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindimotoristas)?

Durante uma operação, semana passada, a Polícia Civil de São Paulo localizou 41 cavalos numa fazenda de Valdevan, em Arauá, sertão de Sergipe. Entre eles, alguns foram avaliados em R$ 2 milhões. 

Segundo o delegado Roberto Monteiro, todos os animais comprados pelo sindicalista foram levados para o quartel da cavalaria da Polícia Militar de Sergipe, em Aracaju, inclusive os cavalos de raça.

A operação da Polícia Civil identificou a participação de Valdevan e de outros 16 dirigentes no suposto esquema de corrupção no Sindimotoristas. O que chamou a atenção das autoridades foi o fato de o político cassado ter um patrimônio de quase R$ 30 milhões, apesar de o salário dele ser de apenas R$ 4 mil como presidente licenciado da entidade.

Além da fazenda de 133 hectares, no sertão de Sergipe, Valdevan teria mais 20 imóveis em nomes de laranjas, inclusive uma mansão em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Nas buscas, a Polícia Civil também encontrou centenas de cestas básicas que deveriam ser entregues aos funcionários das empresas de ônibus da capital.

Segundo a denúncia, Valdevan usaria os alimentos para a campanha das próximas eleições a deputado por Sergipe. Em São Paulo, a Polícia Civil apura os crimes de extorsão contra os trabalhadores que se recusavam a colaborar financeiramente com o sindicato.

Ainda segundo a investigação, Valdevan e os companheiros de sindicato, cobravam propina aos prestadores de serviços que vendiam serviços e produtos nas garagens, além de cobrar dos empresários do transporte público para que a categoria parasse de fazer greves.

A primeira etapa da operação foi de busca e apreensão. O próximo passo deve culminar com a prisão dos investigados após decisões da Justiça.