Novas imagens mostram dois suspeitos dentro de um ônibus minutos depois de Vinicius Gritzbach ser morto. As fotos foram retiradas de um vídeo em que a Polícia teve acesso. Eles são tratados pelos investigadores como os atiradores. O vídeo é da Viação Campo dos Ouros, que fica em Guarulhos.
Os criminosos mataram Gritzbach no aeroporto e fugiram neste gol preto, que foi abandonado a menos de seis quilômetros do local do crime. A ideia era queimar o veículo, mas não conseguiram. Logo depois, a menos de 300 metros de onde o carro foi abandonado, as armas foram jogadas atrás de um comércio. Uma mochila, localizada pela Polícia Militar com dois fuzis e uma pistola, além de munições.
Nesse momento, a quadrilha se dividiu e os dois suspeitos foram até um local próximo e entram no ônibus 3235, andaram mais três quilômetros e descem no Jardim Cocaia, também em Guarulhos.
A partir daí entra um personagem que já se tornou conhecido: Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, apontado como o homem que estava no saguão do aeroporto e avisou os executores sobre o momento da saída de Gritzbach no terminal 2. Ele dirigia uma Audi. A dupla entrou no carro em que Kauê dirigia e todos fugiram.
A Polícia Civil de São Paulo não conseguiu identificar até agora quem são os dois suspeitos dentro do ônibus e apontados como executores de Gritzbach. Na rua onde o carro foi abandonado tem outras câmeras de segurança, que já estão com os investigadores. O olheiro, Kaue e responsável também pela fuga de parte da quadrilha continua foragido.
Kauê do Amaral, que já teve a prisão decretada pela Justiça, já tinha sido preso por tráfico em 2022, mas foi beneficiado e acabou solto no mesmo. O governo Paulista oferece uma recompensa de R$ 50 mil para quem souber o paradeiro dele.
Quase duas semanas depois da morte de Gritzbach, o DHPP não sabe quem mandou matar o delator, mas trabalha com as possibilidades que possa ter sido o próprio PCC, já que Gritzbach falou sobre o esquema de lavagem de dinheiro da facção.
Porém, o departamento não descarta o envolvimento de policiais civis no homicídio nem do Comando Vermelho já que o delator foi sequestrado e levado para um cativeiro em São Paulo por um homem da facção fluminense.
Os policiais delatados por Gritzbach são acusados de cobrar propina para tirar o nome dele no inquérito que respondia pelas mortes de Anselmo Santa Faustao “Cara Preta”, do PCC, e do motorista Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, em 27 de dezembro de 2021.