Novas imagens mostram suspeitos do assassinato de Gritzbach fugindo em ônibus

Eles são tratados pelos investigadores como os atiradores

Felipe Garraffa

Novas imagens mostram dois suspeitos dentro de um ônibus minutos depois de Vinicius Gritzbach ser morto. As fotos foram retiradas de um vídeo em que a Polícia teve acesso. Eles são tratados pelos investigadores como os atiradores. O vídeo é da Viação Campo dos Ouros, que fica em Guarulhos. 

Os criminosos mataram Gritzbach no aeroporto e fugiram neste gol preto, que foi abandonado a menos de seis quilômetros do local do crime. A ideia era queimar o veículo, mas não conseguiram. Logo depois, a menos de 300 metros de onde o carro foi abandonado, as armas foram jogadas atrás de um comércio. Uma mochila, localizada pela Polícia Militar com dois fuzis e uma pistola, além de munições. 

Nesse momento, a quadrilha se dividiu e os dois suspeitos foram até um local próximo e entram no ônibus 3235, andaram mais três quilômetros e descem no Jardim Cocaia, também em Guarulhos. 

A partir daí entra um personagem que já se tornou conhecido: Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, apontado como o homem que estava no saguão do aeroporto e avisou os executores sobre o momento da saída de Gritzbach no terminal 2. Ele dirigia uma Audi. A dupla entrou no carro em que Kauê dirigia e todos fugiram. 

A Polícia Civil de São Paulo não conseguiu identificar até agora quem são os dois suspeitos dentro do ônibus e apontados como executores de Gritzbach. Na rua onde o carro foi abandonado tem outras câmeras de segurança, que já estão com os investigadores. O olheiro, Kaue e responsável também pela fuga de parte da quadrilha continua foragido. 

Kauê do Amaral, que já teve a prisão decretada pela Justiça, já tinha sido preso por tráfico em 2022, mas foi beneficiado e acabou solto no mesmo. O governo Paulista oferece uma recompensa de R$ 50 mil para quem souber o paradeiro dele. 

Quase duas semanas depois da morte de Gritzbach, o DHPP não sabe quem mandou matar o delator, mas trabalha com as possibilidades que possa ter sido o próprio PCC, já que Gritzbach falou sobre o esquema de lavagem de dinheiro da facção. 

Porém, o departamento não descarta o envolvimento de policiais civis no homicídio nem do Comando Vermelho já que o delator foi sequestrado e levado para um cativeiro em São Paulo por um homem da facção fluminense. 

Os policiais delatados por Gritzbach são acusados de cobrar propina para tirar o nome dele no inquérito que respondia pelas mortes de Anselmo Santa Faustao “Cara Preta”, do PCC, e do motorista Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, em 27 de dezembro de 2021.

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