
Simone Mendes Cruz, de 37 anos, foi morta a facadas por um marceneiro que prestava serviços na casa dela, no Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo. Ela foi encontrada nua na cozinha e com o pescoço cortado.
O principal suspeito é um homem que prestava serviços de marcenaria da qual Simone era proprietária e também o responsável pela colocação dos móveis na casa dela. Há pouco tempo o rapaz teria demonstrado interesse amoroso na chefe, que recusou às investidas e afirmou que o relacionamento entre os dois era apenas profissional.
Inconformado com as negativas da vítima, decidiu matá-la. Logo após a ação, ainda tentou se livrar da culpa e pediu ajuda a vizinhos
Por ser considerado de confiança pela vítima, Emanuel de Jesus Silva Rocha, de 22 anos, tinha acesso irrestrito à casa, com digital cadastrada na fechadura eletrônica e inclusive permissão para dormir no local durante a reforma, já que era de outra cidade. Mas desde que Simone se mudou para a residência, após o quarto ficar pronto há cerca de um mês, ela proibiu que ele ficasse.
A farsa de Emanuel veio à tona assim que a polícia militar chegou ao local. O rapaz contou versões contraditórias. Desconfiados, os agentes pediram para ver o carro dele, esse utilitário e ao abrirem a carroceria, veio a constatação do envolvimento dele no feminicídio. Foram encontradas duas facas e um lençol sujos de sangue, além de luvas cirúrgicas, enforca-gatos e objetos eróticos. O homem foi preso em flagrante.
O principal suspeito de ser o autor do crime de feminicídio passou por audiência de custódia. O juiz decidiu decretar a prisão preventiva e agora o homem fica à disposição do poder judiciário por tempo indeterminado.
Poucas horas antes de matar a vítima, após terminar os trabalhos na obra naquele dia, ele ainda teria dado carona à mãe de Simone, que contou à polícia que a filha havia proibido Emanuel de entrar na casa sem autorização dela.
Toda a movimentação do suspeito está sendo apurada pela polícia, que aguarda a conclusão dos laudos periciais para saber se a empresária pode ter sofrido violência sexual antes de morrer.