MPF ordena busca de 27 detentos que desapareceram após rebelião em presídio no RN em 2017

Ministério Público Federal recomendou uma política de reparação caso não seja possível localizar os desaparecidos

Da redação

Sete anos depois da rebelião mais violenta da história do Rio Grande do Norte, o Ministério Público Federal quer saber o paradeiro de 27 detentos que desapareceram e nunca mais foram encontrados. 

O Ministério Público Federal enviou a recomendação cobrando que o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria da Administração Penitenciária do RN localizassem os detentos desaparecidos. 

Na ocasião, os presos removeram as telhas das unidades prisionais e subiram no teto. Em seguida, o confronto entre facções criminosas tomou conta do interior da unidade prisional. Os corpos eram levados pelas viaturas do Instituto Técnico-Científico do Rio Grande do Norte, mais de 26 detentos morreram.

Mesmo que haja um controle mais rigoroso das unidades prisionais, o juiz apontou que não é possível isentar a unidade de novas rebeliões. 

O Ministério Público Federal recomendou uma política de reparação caso não seja possível localizar os desaparecidos. A União e o Estado devem se responsabilizar por indenizar as famílias, como uma forma de reconhecer a falha no controle e proteção de detentos. Além disso, também houve a recomendação de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações. 

Em abril, uma falha da mesma unidade prisional ficou exposta e dois detentos fugiram. Eles eram considerados presos “de confiança”. Um vídeo mostra os dois homens fugindo de bicicleta da penitenciária estadual Rogério Coutinho Madruga. Eles foram recapturados em Natal no dia 21 de maio. 

Neste ano, o Rio Grande do Norte foi palco de outro problema grave no sistema prisional: no dia 14 de fevereiro, dois homens fugiram de um presídio de segurança máxima em Mossoró, no oeste do estado. Foi a primeira fuga registrada em uma penitenciária federal. 

Os dois presos eram do Acre e estavam na unidade desde setembro de 2023. Uma operação foi montada, mas os criminosos foram detidos apenas 50 dias após a fuga, em Marabá, no interior do Pará. 

Tópicos relacionados

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.