Brasil Urgente

Ministério Público vai recorrer da decisão de soltura de Suzane Von Richthofen

Presa há 20 anos por planejar o assassinato dos pais, ela teve progressão de pena concedida pela Justiça

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O Ministério Público de São Paulo irá recorrer da decisão da Justiça que determinou a soltura de Suzane Von Richthofen. O MP informou que fez um pedido para que Suzane realize um teste mais detalhado para saber se pode progredir para o regime aberto. 

O MP já havia solicitado que ela passasse por um teste criminológico que avalia o perfil e capacidade de inserção na sociedade. Apesar do resultado positivo, o órgão pediu mais um exame psicológico para identificar traços da personalidade de Suzane. 

A jovem que foi presa pela morte dos pais em 2002 vai cumprir o restante da pena em liberdade. Ela, que estava em regime semiaberto em um presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, poderá ficar em casa. Mas ela deverá cumprir os horários combinados de ida e volta ao trabalho, além de permanecer no endereço destinado durante repouso e nos dias de folga. Suzane não poderá deixar a cidade em que irá morar sem autorização judicial e deve justificar as atividades sempre que a Justiça determinar. 

Suzane cumpria regime semiaberto desde outubro de 2015, quando conquistou o benefício das saidinhas temporárias. A primeira vez que ela deixou o presídio foi em 2016, durante a Páscoa. Ela tentava passar para o regime aberto desde 2017 e só teve o pedido acatado em 2023. 

Relembre o caso

Suzane Von Richtofen foi condenada a 39 anos e seis meses de cadeia pelo assassinato dos pais Marísia e Manfred Von Richthofen. O crime contra os pais ocorreu em outubro de 2022, quando Marísia e Manfred foram golpeados com barras de ferro na cabeça enquanto dormiam. O então namorado de Suzane, Daniel Cravinhos e o irmão, Cristian, confessaram o envolvimento no homicídio e afirmaram que eles golpearam os pais da jovem simultaneamente. 

Daniel foi condenado a 39 anos de cadeia e cumpre o regime aberto desde 2018. Já Cristian cumpre em semiaberto, já que quando estava em aberto, perdeu o benefício por se envolver em uma briga de bar em Sorocaba. 

Suzane conseguiu diminuir a pena para 34 anos e quatro meses, na penitenciária de Tremembé. Ela trabalhava com artesanato, corte e costura, produzindo uniformes dos presos e agentes penitenciários. Durante a noite, de segunda a sexta, ela deixava a cadeia para cursar a faculdade de biomedicina de Taubaté.