Foi uma denúncia anônima que levou os policiais da Rota à prisão de um dos cabeças da invasão ao Banco Central em Fortaleza. Edésio Batista, condenado a 99 anos de prisão, estava escondido em Sumaré, no interior de São Paulo.
Na casa onde o bandido foi preso, a polícia apreendeu haxixe, cocaína, crack, K2 e o maquinário usado para o refino da droga.
Edésio é apontado como o mentor da invasão ao Banco Central de Fortaleza em 2005. Aos policiais, ele confessou que participou do planejamento e execução do crime que foi parar no Guinness Book como a maior quantidade de dinheiro já levada de um banco por ladrões.
Na época, a quadrilha alugou uma casa onde montou uma empresa de fachada, no ramo de grama sintética. O túnel de 80 metros de extensão e quatro de profundidade foi escavado durante três meses, revestido de madeira, cimento e chapas de aço e dava acesso ao cofre do banco.
Os criminosos levaram R$ 164 milhões. As notas empilhadas teriam uma altura de 33 metros.
Histórico de Edésio Batista
Essa não foi a primeira vez que Edésio foi preso. Em 2008, o criminoso foi capturado após se envolver em um acidente. Ele foi levado para um presídio em Itaitinga, no Ceará, mas resgatado em 2011 por bandidos armados com fuzis que invadiram a unidade penitenciária e liberam, além dele, mais nove detentos.
Desta vez, mais três bandidos foram presos, incluindo uma mulher. Os quatro estavam na casa usada como ponto para o tráfico de drogas, no interior de São Paulo.
A polícia agora vai investigar se Edésio comandava uma nova organização criminosa, a partir do dinheiro levado do Bnco Central de Fortaleza, 18 anos depois.