Megaoperação: segundo MP, GCM comercializava detectores de radiofrequência da PM

Entre os presos na operação estão Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Léo do Moinho

Por Kelly Dias

Megaoperação: segundo MP, GCM comercializava detectores de radiofrequência da PM
Megaoperação: segundo MP, GCM comercializava detectores de radiofrequência da PM
Reprodução/Brasil Urgente

Uma megaoperação foi realizada na região da cracolândia, no centro de São Paulo e prendeu guardas metropolitanos, integrantes de milícia e chefão do PCC. O fato aconteceu na manhã desta terça-feira (6).

Eram mais de 200 mandados incluindo prisão, busca e apreensão, sequestro, bloqueio de bens e suspensão da atividade econômica. 44 prédios comerciais considerados pontos de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro foram fechados, entre eles dois estacionamentos.

Os locais pertencem a Rubens Alexandre Bezerra, um GCM aposentado que de acordo com o Gaeco, tem envolvimento com a milícia de agentes públicos do centro. A suspeita era de que dentro dos estabelecimentos ele guardava armas e munições.

De acordo com o MP, os negócios do GCM, que atuou em São Paulo entre 2003 e 2019, eram feitos inclusive com GCMs em atividade. A investigação aponta também que ele comercializava detectores de sinal que captavam a frequência do rádio usado pela PM, desse modo, criminosos podiam se antecipar a qualquer ação policial.

Um outro GCM, Elisson de Assis, que foi alvo da megaoperação de hoje e denunciado pela Band no ano passado, também não foi encontrado. Ellison era dono de uma empresa de segurança e oferecia os serviços de segurança particular a moradores e comerciantes, que eram coagidos a pagar uma taxa, quem não pagasse, seria alvo de vandalismo.

Entre os presos na operação estão Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Léo do Moinho. Considerado uma liderança do PCC, Léo estava em liberdade condicional e é apontado como um possível dono de hotéis e estabelecimentos comerciais considerados pontos de tráfico de drogas no centro. Segundo a investigação, os locais estão registrados em nomes de laranjas.

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