Mecânico é assassinado após ser vítima de assalto no litoral de SP

Cristiano Petrone, de 47 anos, não reagiu à abordagem e entregou cordão de ouro; dupla foi presa

Da Redação, com Brasil Urgente

O que era para ser um asseio em família terminou em tragédia.

Cristiano Petrone, de 47 anos, caminhava com o cunhado na praia de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, quando eles foram abordados por dois bandidos de bicicleta, que estava armados.

Tudo aconteceu muito rápido. Era fim de tarde de sábado (21). Segundo testemunhas, um dos suspeitos que desceu da bicicleta sacou um revólver e anunciou o assalto.

Cristiano entregou o cordão de ouro que usava, mas o assaltante atirou contra o peito dele. Com a vítima já caída no chão, a dupla ainda tentou roubar a aliança dele e revistou os bolsos. Só depois fugiram. Posteriormente, eles foram presos.

No velório, no cemitério da Vila Alpina, em São Paulo, familiares e amigos se despediram do mecânico sob muita comoção.

O filho único dele, de 23 anos, estava muito abalado, e preferiu não gravar entrevista. Felipe recebeu o apoio dos amigos do Exército, que fizeram questão de levar o caixão do pai do jovem.

“Eu tive que ir lá olhar para ver. Fico esperando para ver se ele ia passar hoje cedo, quando acordei, que a gente sai para fora (de casa), a gente espera ver a pessoa”, lamentou Rogério Correia, vizinho, ao Brasil Urgente.

“Encontrei ele essa semana, tinha ido tomar vacina. Falei: ‘É, vamos tomar vacina para ver se a gente vive bastante’. Sempre fazendo festa, alegre. É saudade agora”, acrescentou.

A companheira de Cristiano, em estado de choque, não quis falar com a imprensa. Nas redes sociais, Luciana Souza fez uma publicação para se despedir.

“Ai que dor, meu Deus. Tudo que eu queria era você comigo”, escreveu. “Você era tão bom, eu era tão feliz com você.”

Presos, acusados por latrocínio riram durante prisão

Gean Jesus Ferro, 22 anos, já foi detido antes pela polícia por furtos. Emerson Oliveira Costa tem a mesma idade, nunca havia sido preso antes. Os dois confessaram que eram eles nas imagens registradas pela câmera de segurança no ataque a Cristiano Petroni. Foi Gean quem atirou no peito do mecânico de 49 anos.

Os dois criminosos aparecem em uma imagem sendo transferidos da delegacia de Itanhaém para a cadeia de Peruíbe, no litoral de São Paulo. Os dois conversavam e riam tranquilamente, o que chamou a atenção até mesmo da delegada do caso. Evelyn Gonzalez.

“Eles agiam como se eles não estivessem sendo presos pela prática do crime do latrocínio. Conversavam tranquilamente, sorriam. Até para a gente que está todo dia trabalhando com essas situações é um pouco assustador”, disse.

Os dois já circulavam pelas ruas de Itanhaém em busca de uma vítima e encontraram Cristiano, segundo mostram imagens do local. Pegaram a corrente de ouro e mesmo assim mataram a vítima. Disseram que Cristiano colocou a mão nas costas como se fosse sacar uma arma – versão negada por uma testemunha, que disse que os criminosos ainda "revistaram" a vítima, que agonizava após ser baleada, em busca de mais bens para roubar.

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