A mansão onde o vereador Jairinho teria torturado filhos de ex-namorada está à venda. As informações são de Fernando David, no Brasil Urgente.

O imóvel fica numa rua tranquila, em meio à natureza, em um condomínio de luxo, em Mangaratiba, na costa verde fluminense. Tem dois andares, 11 quartos - sendo que seis são suítes - e uma área externa com gramado, piscina e um amplo espaço de convivência. Quando anoitece, o projeto de iluminação chama atenção (veja o vídeo acima). 

Era para esta casa que o vereador Jairinho levava ex-namoradas e os filhos delas para passar feriados e fins de semanas. Vizinhos contam que a placa de venda foi colocada em abril. Não por coincidência, no mês em que veio à tona o escândalo que resultou na prisão do político. 

A mansão em Mangaratiba é citada em vários depoimentos no inquérito que investiga a morte do menino Henry Borel, em março. O Ministério Público pediu o bloqueio de bens de Jairinho e parentes do vereador para pagamento de uma indenização ao pai de Henry.

A suspeita é que a venda seja uma estratégia para evitar que a casa seja incluída na lista de bens bloqueados.

A casa foi comprada em 2011, pela irmã de Jairinho, Thalita Fernandes. E está anunciada por R$ 3 milhões com “porteira fechada”, ou seja, com todos os móveis incluídos.

O advogado do vereador disse que o imóvel não está em nome de seu cliente e negou que o objetivo da venda seja evitar o bloqueio para pagamento de indenização. Disse, ainda, que a casa está à venda desde o ano passado.

Segundo a revista Veja, o político tinha um esquema milionário de imóveis e bens incompatíveis com o salário que recebia.

Nesta terça-feira, completam-se dois meses da prisão do político e da mãe de Henry, a professora Monique Medeiros. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado e tortura do garoto, além de fraude processual e coação. Ele ainda é réu pela tortura da filha de uma ex-namorada, entre 2011 e 2012, que, na época, tinha 4 anos de idade, e indiciado pela agressão do filho de Débora Saraiva, outra ex.

A investigação da Polícia Civil concluiu que henry foi morto após ser espancado por Jairinho, com conivência da mãe. 

O político também é alvo de um processo de cassação na Câmara Municipal do Rio. A expectativa dos vereadores é que ele perca o mandato antes do início do recesso parlamentar, marcado para o dia 2 de julho.