Mais aumento! Preço dos medicamentos deve subir 4,88%

Da Redação, com Brasil Urgente

Diante do reajuste dos remédios anunciados pelo governo federal, Rafaela está aflita. É que o filho precisa tomar um remédio até completar um ano de idade. O medicamento não é encontrado no posto de saúde e o custo pesa no bolso da família.

“Preciso de remédio. Inclusive, estou precisando de um remédio que eu não consigo para ele no postinho”, diz. Rafaela perdeu o emprego e a única renda em casa é a do marido. “Está bem complicado só com a renda dele, bem complicado", afirma.

Hugo também se preocupa com a renda dele e também com as pessoas que dependem de remédios para cuidar da saúde. “São muitos idosos que necessitam comprar remédios para sobreviver. Eles usam muitos remédios, os idosos no Brasil”, diz.

O aumento autorizado pelo governo é de 4,88% e pode ser aplicado imediatamente em 19 mil medicamentos. A mudança foi decidida no último dia 12 de março pelo comitê técnico da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão vinculado à Anvisa, e ocorreu 15 dias antes do previsto, conforme resolução.

“Não é hora de aumentar preço de remédio”, diz uma senhora. Ela é diabética e tem problema na vesícula. Alguns remédios que ela usa, ela pega de graça no posto de saúde, mas boa parte é comprada com sacrifício. “Não pode trabalhar e eles falam assim: ‘Fica em casa’. Tudo bem, a gente fica em casa. Mas quem vai pagar o aluguel? O que a gente come? A conta de luz, de água e o gás, que está um absurdo?”.

A notícia do aumento revoltou ainda mais um senhor desempregado e sem aposentadoria, que tinha acabado de pegar o almoço no Bom Prato por R$ 1. “Hoje o quilo de carne é R$ 50, era R$ 25 e foi para cinquenta. Hoje o governo dá R$ 250, que não dá um café para o pobre. É uma ajuda, mas não dá um café”, diz.

Aos 64 anos, perdeu a gratuidade do transporte público e teme ainda mais gastos com a saúde. “Cortaram a minha carteira, os caras me cancelam no ônibus. Estou com 64 anos e ainda não consegui me aposentar. Estou sofrendo. Sofrendo miséria. Ontem eu não almocei o dia todinho, vim no Bom Prato e não consegui comida. Cheguei e já tinha fechado”, lamentou.

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.