Mãe de Vitória Gabrielly diz que espera condenação "na proporção da crueldade do crime"

Dois suspeitos de envolvimento no assassinato são julgados desde ontem no Fórum de São Roque

da Redação com Brasil Urgente

A mãe de Vitória Gabrielly, Rosana Guimarães
Reprodução

A mãe de Vitória Gabrielly, Rosana Guimarães, disse nesta terça-feira (9) ao Brasil Urgente que espera que o julgamento dos dois suspeitos de envolvimento no assassinato da menina, realizado desde ontem no Fórum de São Roque, interior de São Paulo, resulte em uma “condenação na proporção da crueldade do crime". 

“Estamos completando dois dias aqui na frente do fórum. Não podemos entrar, mas não arredamos o pé enquanto não tivermos uma resposta. Quero que eles sejam condenados na proporção da crueldade do que fizeram com minha filha. Eles vão sair [da prisão] algum dia. Minha filha nunca eu mais vou poder ver. Isso ninguém pode me dar”, afirmou.

"Ficou um vazio, um buraco enorme. Ela faz muita falta, não tem como mensurar, minha vida perdeu o sentido. Todos os dias eu choro a falta da minha filha. Tem um dia ou outro melhor, mais feliz, mas logo penso que ela poderia estar vivendo isso comigo. Não tem mais alegria. É como se o mundo perdesse a cor”, completou Rosana.

Vitória Gabrielly Guimarães Vaz desapareceu em 2018, quando tinha 12 anos, após sair de casa para andar de patins em Araçariguama (SP). O corpo foi encontrado oito dias depois em um matagal. 

Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime. Apontado como o executor, o servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse foi julgado e condenado a mais de 30 anos de prisão. Já o julgamento iniciado nesta semana em São Roque diz respeito ao pedreiro Bruno Oliveira e à esposa Mayara Abrantes, suspeitos de terem sequestrado a menina.  

O suspeito de ter sido mandante também aguarda julgamento.

Segundo a investigação, Vitória Gabrielly foi torturada e assassinada por engano por uma dívida de R$ 7 mil com drogas.

"Nós buscamos justiça, buscamos essa condenação. Não vai mudar nada em nossa vida, mas talvez traga um alento para que a gente possa, após 3 anos de vida parada, seguir adiante. Nossa vida esteve parada, as pessoas imaginam que você segue adiante, mas não. Como faz para trabalhar? Eu era vigilante, trabalhava com uma arma na cintura, depois não pude mais trabalhar”, lamentou Beto Vaz, pai da menina.

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