Líder do PCC, ‘Fuminho’ pode ficar mais tempo em presídio de Brasília

O Brasil Urgente em apuração conjunta com a rádio bandeirantes teve acesso ao pedido da secretaria da administração penitenciária de São Paulo

Felipe Garraffa

Gilberto Aparecido dos Santos, o ‘Fuminho’, braço direito de Marcola, e representante da alta cúpula do PCC vai permanecer no presídio federal de segurança máxima em Brasília por pelo menos 3 meses. 

O Brasil Urgente em apuração conjunta com a rádio bandeirantes teve acesso ao pedido da secretaria da administração penitenciária de São Paulo e a decisão do juiz em que bloqueou a transferência de fuminho para um presídio do estado paulista e não executou o benefício para o semiaberto. 

O secretário afirmou que "Fuminho compõe a cúpula da facção criminosa que atua, em diversos estados da federação, e em outros países, na prática de crimes dolosos, bem como planeja resgate de presos. O estado não pode deixar de agir diante de possível retaliação de organização criminosa. Se assim fosse, nem precisaríamos de estado." O juiz concordou e determinou que fuminho fique por pelo menos mais 90 dias em Brasília.

Agora, vai depender do juiz federal também aceitar que fuminho não seja transferido, já que o processo em que ele respondia no Ceará pelas mortes de outras lideranças da facção foi arquivado. A justiça decidiu não aceitar a denúncia contra fuminho onde ele é apontado pelo ministério público como o mandante das mortes de Geremias de Simone, o Gege do mangue e de Fabiano Souza, o Paca, executados em uma emboscada montada pelo PCC.

O judiciário cearense não encontrou indícios da participação de fuminho no duplo homicídio e expediu alvará de soltura. No mesmo ano, Fuminho teria recebido R$ 200 milhões da facção para colocar em pratica um plano que deveria resgatar Marcola e outros líderes presos à época, em uma penitenciaria de segurança máxima no interior de São Paulo. 

Fuminho foi preso em 2020 em Moçambique, na África. Ele era considerado um dos maiores fornecedores de drogas para o PCC. O crime em Fortaleza foi em 2018. Gege e Paca, foram levados de helicóptero a uma tribo indígena e mortos a tiros sob a acusação de desviarem dinheiro da facção. 

Depois da execução dos dois líderes da facção paulista, o PCC entrou em guerra. Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, acusado de participação no crime foi executado a tiros de fuzil na porta de um hotel da zona leste da capital. 

Agora um novo capítulo na guerra de poder do PCC. A maior facção do país rachou em fevereiro desse ano em razão da acusação envolvendo o até então número 2 do PCC. Tiriça chamou Marcola de delator. A partir disso, de um lado do crime ficaram Tiriça, Andinho e Vida Loka e do outro Marcola e Fuminho. Todos estavam juntos no mesmo presídio federal de Brasília, mas agora os três vão para a penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 

A transferência dos três faz parte de um rodizio comum em presídios federais para que não sejam criados vínculos entre os presos. A penitenciária de mossoró é a mesma em que dois criminosos do comando vermelho conseguiram escapar no início do ano e local onde tiriça já ficou preso em 2015 e acusou agentes penitenciários de tortura. Você vai acompanhar agora vídeos da época em que tiriça relata as agressões. Ao lado dele está nilton cezar antunes verón, acusado de planejar a morte de um juiz federal no mato grosso do sul. Ele acabou ferido no rosto. Tiriça discute com um policial penal 

Os presos passam a reclamar das condições da penitenciária. Quem fala é Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, apontado como chefe do tráfico na comunidade de Paraisópolis. Todos sabiam que a conversa estava sendo gravada. Depois desse episódio, três agentes penitenciários federais foram assassinados por integrantes do PCC, sendo dois deles em Cascavel, no Paraná, e um em Mossoró. Veja no vídeo acima.

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