A investigação continua para saber quem acobertava Lázaro Barbosa. A prisão do fazendeiro Elmi Caetano, de 74 anos, foi só o começo de uma grande investigação na região de Águas Lindas de Goiás e Cocalzinho. A polícia acredita que há suspeitos envolvidos em Brasília. Novas operações devem acontecer nos próximos dias.
O caseiro Alain Reis, que chegou a ser preso, ainda é investigado, mas ele nega qualquer envolvimento na organização criminosa.
Depois do confronto com a polícia, foram encontrados na mochila de Lázaro uma pistola e um revólver calibre 38, carregador de pistola, isqueiro, facas, R$ 4,4 mil em espécie, uma balaclava, luvas, um vidro com antibiótico, amoxicilina, macarrão instantâneo, tempero pronto, cebola e bolacha.
Lázaro morreu com pelo menos 38 tiros, nessa segunda-feira (28), após resistir à prisão. Os policiais dispararam 125 tiros antes de o criminoso ser morto em uma região de Águas Lindas (GO), cerca de 20 quilômetros da base montada pela força-tarefa em Girassol.
Polícia tem 3 linhas de investigação
A Polícia busca saber porque essa rede de apoio financiou Lázaro. A polícia trabalha com três linhas principais de investigação.
A primeira é que ele atuava como “jagunço”, resolvendo conflitos rurais na região.
A outra é de que ele atuava para fazendeiros locais, aterrorizando certa região e causando pânico por meio de ações violentas para forçar proprietários de terra a venderem suas propriedades por preços abaixo do mercado - a especulação imobiliária.
Vídeo: Morte de Lázaro teve desfecho após 12 horas de cerco policial; assista
Apesar do grande risco em ter dado cobertura para o homem mais procurado do país até então, a polícia acredita que para esses criminosos valia a pena. Lázaro era uma peça importante para a organização. Com a morte dele, o arquivo acaba, mas outras pessoas serão ouvidas nas próximas semanas, entre elas fazendeiros, familiares e outros moradores da região.
Vídeo: Ex-mulher se encontrou com o Lázaro um dia antes de morte e recebeu R$ 300; assista