A polícia civil de São Paulo já sabe de qual arma partiram os tiros que mataram o empresário e delator do PCC, morto no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 8 de novembro. De acordo com o confronto balístico, foi um fuzil calibre 762. Um outro fuzil calibre 556 também foi utilizado, segundo os peritos.
Depois da execução, estas duas armas de guerra, um terceiro e uma pistola nove milímetros foram abandonados dentro de uma bolsa em um bairro próximo ao aeroporto e a 300 metros do gol preto usados pelos assassinos e que também acabou abandonado na região depois de uma pane.
Ainda de acordo com os peritos do instituto de criminalística, o fuzil fez 21 disparos. Outros 13 saíram do calibre 556. Está perícia ajuda a investigação do departamento de homicídios, o DHPP, a entender a dinâmica da execução e mostra a origem e direção dos disparos.
Dos 34 tiros, pelo menos, três desviaram do alvo e acertaram pessoas que estavam no portão de desembarque, uma delas, atingiu um motorista de aplicativo, de 41 anos, que morreu no hospital. Até agora, dois acusados foram presos.
Um terceiro identificado, que deu o sinal para os assassinos darem início a execução do delator do PCC continua foragido. Ele estaria no Rio de Janeiro.
Segundo o DHPP, um dos suspeitos presos, ajudou na fuga e voltou para São Paulo com o celular do foragido para confundir a investigação. De acordo com a polícia, o preso teria dado uma carona de carro ao criminoso até o Rio.
O DHPP descobriu que os dois estiveram juntos na cidade maravilhosa após uma pesquisa de localização de celulares através de antenas de operadoras. A defesa do preso não nega que os dois são amigos e viviam no mesmo bairro da capital paulista.