A Justiça de São Paulo revogou a prisão temporária de Antônio Vinicius Griztbach, um dos suspeitos pela morte de Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, um dos líderes da facção criminosa PCC, e seu comparsa Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, no fim de dezembro de 2021.
Segundo a defesa do empresário do ramo imobiliário, Vinícius não teve participação no duplo homicídio e a relação com Anselmo Santa Fausta aconteceu para a intermediação de negócios junto a uma construtora da zona leste de São Paulo e para a locação de dois imóveis no bairro do Tatuapé, na mesma região.
Ainda segundo o advogado, Vinícius juntou o patrimônio com a venda de imóveis em áreas nobres da zona leste da capital paulista.
Vinicius Griztbach é apontado pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado (Deic) com um operador do PCC na lavagem de dinheiro obtido com a venda de drogas e armas.
Segundo a investigação, o empresário era a ligação entre a máfia das drogas e Pablo Henrique Borges, um hacker especialista em criptomoedas, que também é suspeito e responde em liberdade.
Para o Deic, Vinícius teria ajudado a colocar no mercado formal cerca de R$ 2 bilhões de empresários ligados à facção criminosa. A suspeita do departamento de homicídios é de que ele estava sendo cobrado por Cara Preta e resolveu contratar dois pistoleiros para mata-lo.
Depois da morte de Cara Preta e de Sem Sangue, Vinícius chegou a ser levado ao tribunal do crime, mas escapou com a promessa de pagar o suposto prejuízo dado ao PCC.
Deic identifica imóveis de luxo do PCC
O Departamento de Combate ao Crime Organizado (Deic) identificou mais de 80 imóveis de luxo de empresários que possuem ligação com o PCC no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.
Agora, a polícia trabalha para identificar os bens de Antônio Vinicius Gritzbach para pedir o bloqueio judicial destes imóveis, que alcançam valores na casa dos milhões de reais.
Segundo investigação da polícia, a região do Tatuapé vem atraindo líderes do PCC e empresários da região são aliciados a lavar dinheiro para a máfia das drogas, convencidos por lucros milionários.
Por isso, a região também foi palco de uma guerra que vitimou Wagner Cabelo Duro, Claudio Galo Seco, além de Anselmo Cara Preta e Django.