A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) passou mal na tarde desta sexta-feira (23) ao final de uma entrevista coletiva no Congresso Nacional em que falou sobre o possível atentado que sofreu dentro de seu apartamento no último sábado (17). As informações são do Brasil Urgente.
A parlamentar aceitou conversar com jornalistas logo depois de prestar depoimento a investigadores do Departamento de Polícia Legislativa (Depol) sobre o caso. Ela respondeu algumas perguntas e se despediu dos repórteres, momento em que levou as mãos à cabeça e foi segurada por assessores que a acompanhavam.
A deputada foi levada a uma sala, onde sentou e aguardou alguns minutos antes de se deslocar à saída, e passa bem.
Joice nega violência doméstica
Durante a entrevista, Joice Hasselmann detalhou mais uma vez tudo que aconteceu naquele final de semana e, aproveitando os rumores, negou que possa ter sofrido violência doméstica por parte do marido, o neurocirurgião Daniel França, única pessoa que estava presente na casa no momento das agressões.
Ela ainda usou as redes sociais para comentar a hipótese, rebatendo uma publicação do também deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), com quem tem uma relação de proximidade.
“O caso da Joice é muito complicado. Agredida dentro de casa e o marido dormindo não ouve nada. Que sono é esse? Mulheres sofrem agressões, são reprimidas e ameaçadas. Estou achando tudo isso muito estranho. Joice precisa explicar isso direito, amiga, estou aqui”, escreveu Frota mais cedo.
“Meu amigo, você me conhece e sabe que não tenho medo de nada, nem de ninguém. Nem um presidente e seus covardes conseguiram me reprimir. Insinuar que o homem que me socorreu, que jamais sequer falou alto comigo teria feito algo contra mim é cruel e irresponsável. Eu seria a primeira a denunciar”, respondeu a deputada.
“Agradeço seu carinho e preocupação. Mas que fique claro: o que foi feito aqui foi coisa de profissionais, não de amadores. Eu não tenho o perfil mocinha indefesa que sofre violência doméstica. Eu enfrentaria e denunciaria. Ademais, é fácil eu dar uma sova nele caso tentasse algo”, completou.
Entenda o caso
Segundo seu depoimento, a última coisa que a parlamentar se lembra é de estar assistindo televisão em seu apartamento na noite de sábado. Na manhã seguinte, acordou deitada no chão do corredor "com a cabeça em uma poça de sangue".
Em um primeiro momento, achou que poderia ter sofrido um AVC ou um princípio de infarto, mas, ao realizar exames e passar por diversos médicos, observou que o grande número de fraturas graves era incompatível com apenas uma queda.
Joice sofreu cinco fraturas no rosto (sendo duas na região do nariz, duas no seio da face e uma no maxilar), uma na coluna e traumas no ombro, no joelho e na costela. No local havia relógios, brincos, anéis e outras joias, mas nada foi roubado.
A deputada conseguiu pegar o celular e telefonou para o marido, que dormia no quarto de hóspedes. O médico, então, prestou os primeiros socorros e procurou colegas especialistas, incluindo o amigo Dr. Kalil e alguns dentistas, já que havia quebrado dois dentes.
"Meu marido pediu tomografias, fui fazer e o resultado foi assustador. O Dr. Kalil me ligou assustado e falou 'o que é isso?'. Era algo inimaginável. Conversei com médicos e tentamos fazer uma reconstituição. Não descarto nenhuma possibilidade. Não vou acusar quem já me ameaçou, seria irresponsável. Pode ser que eu tenha caído? Bom, seria um caso único na história. Os ferimentos não eram compatíveis com uma queda”, explicou em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã, sugerindo que pode ter sido dopada e espancada.