Um representante comercial natural do Paraguai foi libertado nesta quarta-feira (15) de um cativeiro na cidade de Miracatu (SP), no Vale do Ribeira, após oito dias de sequestro. As informações são do Brasil Urgente.
A vítima, irmã de um jogador de futebol que atua no país vizinho, foi sequestrado na Praia Grande (SP) durante uma viagem com familiares. Com ele no porta-malas de um carro, a quadrilha responsável rodou cerca de 200 km até o cativeiro.
Muito debilitado, ele mal tinha forças para se levantar ao ser resgatado pelos policiais. Emocionado, agradeceu por estar vivo.
Os policiais civis de Miracatu, cidade a cerca de 140 km de São Paulo, precisaram de um alicate de corte para arrebentar a corrente e o cadeado que o mantinham preso em um dos cômodos do cativeiro – uma casa simples na zona rural do município.
Foram oito dias de terror. No local, o refém só recebeu comida por dois dias. As agressões eram frequentes. O homem contou que chegou a ser levado a uma área de mata dentro da chácara - onde, de acordo com a quadrilha, ele seria executado e enterrado, mesmo após o pagamento de um resgate.
Os criminosos pesquisaram informações sobre a família da vítima através das redes sociais. O contato era um irmão do refém, um jogador de futebol profissional. A quadrilha inicialmente pediu um resgate de US$ 300 mil. Ao final, já aceitava US$ 10 mil, que deveriam ser transferidos via PIX.
Segundo a vítima, os sequestradores são do PCC (Primeiro Comando da Capital) e chegaram a dizer que ela seria morta mesmo com o pagamento do resgate para evitar reconhecimento.
De acordo com o refém, quando ele chegou ao cativeiro, outros dois estrangeiros eram mantidos em cárcere, sequestrados pela mesma quadrilha. Eles só deixaram a chácara em Miracatu depois do pagamento de um resgate.
A Polícia Civil de Miracatu chegou até o imóvel depois de uma denúncia anônima. Um integrante da quadrilha que tomava conta do cativeiro percebeu a aproximação das equipes e conseguiu escapar. Ele deixou para trás uma pistola usada para ameaçar a vítima.
A investigação acredita que pelo menos oito bandidos façam parte da quadrilha. Eles estão foragidos.