A foto com a faixa de miss Tunning escondia a real identidade de Yilda Elizabeth Ferreira Marín. A modelo é apontada pelas forças de segurança do Paraguai como integrante de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas.

Ela e mais quatro pessoas, foram presas durante a operação sul-americana, realizada na capital do país vizinho. Segundo a polícia do Paraguai o grupo era responsável pela venda e distribuição de drogas em bares de Assunção, durante a realização de jogos de futebol.

A droga apreendida pela polícia já estava embalada para venda. A suspeita é que boa parte iria abastecer bares durante a final da Copa Sul-Americana. Além da cocaína e crack, as forças de segurança do Paraguai aprenderam quatro armas e celulares. Os aparelhos vão passar por uma perícia minuciosa e podem ajudar a investigação a desvendar o esquema da facção paraguaia rival do PCC.

Um dos locais estourados pela polícia era gerenciado por um dos presos na operação, apontado como um dos principais fornecedores de drogas para aéreas dominadas pelo Clã Rotela. A facção disputa território com o primeiro comando da capital e é conhecida por ter ligação com o Comando Vermelho, no comércio do tráfico internacional de drogas. 

O Clã Rotela é chefiado por Armando Javier Rotela, considerado o criminoso paraguaio mais perigoso da atualidade. Ele está preso desde 2021 e ainda assim consegue comandar de dentro da cadeia o grupo rival ao PCC.

Segundo a investigação, Rotela está ligado a uma série de ataques contra autoridades do Paraguai. O carro crivado de balas é o registro de uma execução brutal contra o ex-diretor de estabelecimentos penitenciários do país, Domingo Bassan. Com a prisão da miss e dos outros quatro criminosos, a polícia tenta agora desarticular um braço importante da facção.