Imagens mostram últimas 24 horas antes da morte de Gael em SP

Menino de 3 anos foi morto pela mãe na segunda-feira

Da Redação, com Brasil Urgente

Imagens obtidas com exclusividade pelo Brasil Urgente mostram as últimas 24 horas de vida de Gael Freitas Nunes, de 3 anos. O menino morreu na segunda-feira (10), em São Paulo, após ser espancado pela mãe, Andreia Freitas, que foi presa.

Nas imagens do prédio da família, é possível ver o pai de Gael, Felipe Nunes, deixando a criança na portaria por volta das 12h40 de domingo (9). Quem busca o menino na portaria é Maria Nanete, tia-avó da vítima. Felipe fica no portão e não entra no prédio.

Em uma imagem posterior, é possível ver Maria Nanete e Gael em um salão no prédio, pegando o elevador.

Um dia depois, à tarde, imagens mostram uma equipe do Samu diante do prédio da alameda Joaquim Eugênio de Lima para socorrer a criança. Uma imagem posterior exibe a saída de Gael, com a tia-avó vindo logo atrás.

Um registro feito pouco depois mostra policiais militares na portaria do endereço. Andreia saiu pouco depois em uma cadeira de rodas, com os cabelos molhados, de cabeça baixa e envolvida em uma manta térmica. Segundo os agentes que atenderam à ocorrência no dia, ela foi encontrada no chão do banheiro, em choque, deitada em posição fetal. Ela foi levada a outra viatura do Samu.

As imagens fazem parte da investigação da Polícia Civil, que não tem dúvidas de que Andreia matou o filho de 3 anos por espancamento na cozinha do apartamento do 10º andar.

“É bem patente que esse menino sofria maus-tratos na casa. Inclusive a própria médica do hospital que fez o primeiro atendimento percebeu também alguns indícios no corpo dele que demonstravam maus tratos”, afirmou o delegado Roberto Monteiro.

Nesta quarta-feira, o corpo do menino chegou à cidade de Prata, sertão da Paraíba, onde será velado e enterrado em uma cerimônia organizada pela família do pai. No meio da noite de terça-feira, Andreia Freitas foi transferida para o presídio de Tremembé, no interior paulista. Lá estão detentas como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a transferência foi motivada pela repercussão do caso e por questões de segurança, já que Andreia Freitas foi ameaçada de morte nas duas cadeias por onde ela passou nas últimas 24 horas.

Iniciada por homicídio qualificado, a mãe acusada de matar o próprio filho teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo. A defesa dela insiste em um surto psicótico, e tenta um habeas corpus para que Andreia responda ao crime em prisão domiciliar.

Segundo o advogado dela, a mãe de Gael teve um apagão na noite de domingo e não se lembra de espancar o filho até a morte. A defesa afirma que ela sofre de problemas mentais depois de quatro internações em hospitais psiquiátricos.

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