Homem que matou mulher a marteladas no metrô de SP tem histórico de agressões

Luciano Gomes já esteve internado em hospital de custódia penal e foi solto em 2018

Da Redação, com Brasil Urgente

Internado sob custódia da polícia por atacar a marteladas e causar a morte de Roseli Dias Bispo, de 46 anos, em um vagão do metrô de São Paulo na última segunda-feira (27), o aposentado Luciano Gomes da Silva já tem histórico de agressões a mulheres sem motivação e já esteve em um hospital de custódia penal por causa desses crimes. Ele foi libertado em 2018. 

A reportagem do Brasil Urgente questionou o Tribunal de Justiça sobre o motivo da saída de Luciano, mas ainda não obteve resposta. O repórter Cesar Cavalcante falou por telefone com o pai de Luciano, que não será identificado. Ele admitiu que o filho estava livre “porque a Justiça soltou” e esteve por “muitos anos” no manicômio judiciário. 

Luciano, de 55 anos, teve um surto psicótico no momento em que a composição passava pela estação da Sé do metrô. Testemunhas disseram que ele estava ao lado de Roseli, que estava a caminho do trabalho e entretida mexendo no celular. Ele se levantou, como quem fosse descer do trem. Mas acabou tirando um martelo da mochila e golpeou a mulher duas vezes na cabeça. Com afundamento de crânio, ela passou por cirurgia, mas não resistiu. 

Ele foi detido por outros passageiros e agredido antes de ser detido pela polícia. 

À polícia, Luciano Gomes da Silva declarou que fazia uso de medicamento controlado e que “ouviu vozes” falando que a vítima o estava ofendendo.

Roseli deixou quatro filhos casados e sete netos. A família ainda parece não acreditar no que aconteceu. 

“Ela vivia com os netos. Sempre os netos na casa dela, levava para passear. Ela gostava muito”, lamentou Tiago Bispo, filho da vítima.

A família de Roseli também não entende por que Luciano não estava preso e tem medo que o caso se repita.