Bruno de Freitas Lopes, investigado pelo assassinato da menina Ester de Oliveira Sigoli, 4 anos, foi preso nesta sexta-feira (16) em São Vicente, cidade no litoral de São Paulo. As informações são do Brasil Urgente.
Brunão, como é conhecido, estava foragido desde o crime, ocorrido no último domingo (11) em Santo André (SP). A Polícia Civil investigava possíveis paradeiros dele nos últimos dias – entre eles, a cidade de Itanhaém, também no litoral paulista, e um destino no Nordeste.
Os policiais tiveram dificuldades no momento da captura. Brunão resistiu à ordem de prisão e fugiu da casa onde estava escondido para um barraco nas redondezas. Não houve troca de tiros. O suspeito ainda havia recebido R$ 500 para a fuga.
“Desde domingo que foi a data dos fatos, passamos a trabalhar de forma ininterrupta, praticamente. Então, foram muitas diligências em campo, diligências veladas e medidas cautelares pleiteadas junto ao Poder Judiciário. Atuamos em vários canais, várias vertentes”, relatou o delegado Marco Aurélio Gonçalves, da Polícia Civil.
“Na data de hoje (sexta-feira), identificamos o indivíduo que é amigo do bruno, e verificamos que esse indivíduo efetuou um depósito bancário na conta de uma mulher, de nome desconhecido do depositante do amigo do Bruno. Localizamos a pessoa após pesquisas nas plataformas disponíveis da Polícia Civil.”
Entre o fim da tarde e o começo da noite, Brunão foi levado para o 5º DP, em Santo André. Na chegada, não falou com a imprensa. A mãe de Ester, Brenda de Oliveira Sigoli, se disse aliviada com a descoberta do paradeiro de Brunão.
“Foi um alivio que ele foi preso, e a justiça está feita”, disse Brenda à reportagem. “Aliviou bastante (saber) que ele está preso agora, que ele vai ficar na cadeia.”
O crime aconteceu por causa de uma briga entre Brunão e o pai de Ester, Jorge Luis de Oliveira Sigoli. Os dois tinham desentendimentos pelo menos desde 2018.
Uma vaga de garagem seria o motivo da discussão inicial. A menina foi morta dentro do carro do pai - Jorge tentou socorrer a filha, mas ela chegou sem vida ao hospital.
Diante da prisão, Jorge também celebrou. “Graças a Deus. Eu não estava mais conseguindo dormir com esse cara solto, com todo mundo envolvido solto por aí, feliz da vida”, disse.
Brunão já tinha ficha policial por roubos, receptação e violência doméstica. Além do homicídio de Ester, tambémé acusado pela tentativa de homicídio de Jorge Luis e por lesão corporal contra Brenda.
Incêndios em Santo André
A casa onde os pais de Brunão moram em Santo André foi alvo de uma tentativa de incêndio. Parentes chegaram a tempo e conseguiram controlar as chamas.
Além do endereço da família, dois outros imóveis também foram atacados: a casa da mulher de Brunão e a de um amigo, que emprestou a ele a arma usada no assassinato de Ester.
A polícia acredita que os incêndios foram uma forma de o crime organizado pressionar para que Brunão se entregasse. A família dele se dizia assustada e pedia para que ele se entregasse.
Peritos e policiais militares estiveram nos locais incendiados. Na casa dos pais de Bruno, um galão de gasolina foi encontrado, e um coldre foi apreendido.
A polícia apreendeu ainda mais um carro, com placa de São Paulo. O veículo é de um amigo de Bruno – que, segundo a investigação, teria sido o responsável por dar R$ 500 para a fuga do criminoso.