Um desentendimento acabou em tragédia em São Paulo. Um homem matou o patrão, baleou a mulher dele e tirou a própria vida em uma fábrica na zona leste de São Paulo, na última segunda-feira (8). A suspeita é de crime passional.
Os vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem uma discussão seguida de disparos. Eles contaram pelo menos cinco tiros.
O crime aconteceu dentro de uma fábrica de brinquedos, que fica no bairro do Itaim Paulista, por volta das 17h. O Brasil Urgente mostrou o atendimento às vítimas ao vivo.
Segundo a polícia, o dono, Eduardo Vilela, estava no local quando Fábio Oliveira, funcionário e amigo pessoal, chegou. Primeiro houve uma discussão, seguida dos disparos.
A esposa do dono da fábrica também foi atingida com dois tiros na perna. Ela chegou na hora em que o marido Eduardo havia sido alvejado. Desesperada, começou a gritar contra o assassino do marido e tentou fugiu da fábrica, mas acabou atingida.
Após alvejar o casal, Fábio atirou contra a própria cabeça e morreu no local, assim como Eduardo. A mulher foi levada para o hospital e aguarda por cirurgia.
Autor de disparos e vítima eram amigos há 14 anos
O autor do ataque e empresário eram amigos há 14 anos. Moravam próximos, no mesmo bairro da fábrica e trabalhavam juntos. As duas famílias eram muito próximas e sempre participavam de festas e encontros juntos.
Mas, segundo a polícia, Fábio já havia demonstrado sinais de agressividade anteriormente.
“O autor dos disparos teria uma personalidade mais sanguínea, explosiva e já haveria relatos de episódio onde ele demonstrou publicamente essa violência”, explicou Wendel Santos, delegado do caso.
O atirador foi até a fábrica com tudo planejado, disposto a matar, levando um revólver calibre 38 carregado e com munição reserva.
O delegado já ouviu testemunhas e familiares dos dois homens. O motivo real ainda não foi totalmente esclarecido, mas há a certeza que a ação envolve ciúmes.
Há alguns meses, Fábio começou a implicar com Eduardo. Evitava encontros familiares e quase não ia até a fábrica. Eles chegaram a conversar sobre isso e aparentemente haviam se entendido.
“A princípio, a motivação seria de ordem passional. A linha de investigação que será aberta no inquérito, nós vamos expandir essas análises”, disse o delegado.