A frota aérea do PCC segue crescendo em ritmo acelerado. Investigações da Polícia Federal apontam que os helicópteros do crime, utilizados para transportar drogas entre países, são comprados de uma maneira que despiste os controles de tráfego aéreo.
Na sentença de condenação de oito traficantes do Primeiro Comando da Capital, no Mato Grosso, um dos condenados afirmou em depoimento que o segredo é “comprar aeronaves com horas vencidas”. Principalmente as proibidas de voar no Brasil pela ANAC, a Agência Nacional de Aviação Civil e que não tenham controle ou restrição no Paraguai.
Cada tipo de helicóptero tem um determinado número de anos ou horas de voo. Depois disso é necessário fazer uma checagem completa e troca de muitas peças. Esse procedimento pode custar até 80% do preço da aeronave. Então os criminosos compram esses helicópteros por um preço menor de fazendeiros e usam para o tráfico internacional de drogas.
Os helicópteros vencidos do PCC passam por pouca ou nenhuma manutenção. Tanto, que o Brasil Urgente mostrou quedas e pousos forçados. Muitas vezes o limite de peso é excedido, para transportar o máximo possível de droga.
Um hangar em Americana era usado para manutenção dos helicópteros e aviões do PCC e, em operação da polícia, um Robinson 44 foi apreendido no local. O principal nome do grupo foi preso, Anderson Menezes de Paula, o Tuca, que participou do ataque a agências bancárias de Araçatuba, em agosto de 2021.