Governador de SP defende operação da PM: 'Crime tem que ter respeito à polícia'

Tarcísio de Freitas informou que deve punir abusos e excessos de policiais militares nas ações na Baixada Santista

Da redação

O governador de São Paulo defendeu a Operação Escudo, que tem o objetivo de reprimir o crime organizado na Baixada Santista e que ocorre dias após a morte de um soldado da Rota no Guarujá. Durante entrevista coletiva nesta terça-feira (1º), Tarcísio de Freitas afirmou que não houveram abusos da Polícia Militar e que irá apurar todas as ações dos agentes. 

“Tudo está sendo investigado, todas as condutas são investigadas, se houver excesso, falha, vamos punir os responsáveis. Nessa operação, não tivemos aqui o comandante-geral da PM, delegado-geral da Polícia Civil no Copom, eles foram lá na Baixada Santista", citou Tarcísio. 

Segundo o governador de São Paulo, o comandante-geral da Polícia Militar entrou na comunidade junto com os policiais justamente para coibir excessos, fazer a lei ser cumprida, para conduzir a operação. “Estamos conduzindo com muita responsabilidade. Temos uma situação de crime organizado tentando manter o território, está agonizando, está retaliando e não existe esse combate sem efeito colateral”, afirmou. 

“Nós temos de relato até agora e isso está sendo investigado, é que houve confronto, recepção dos policiais à bala e uma reação que não desejamos. Se houver o confronto, vai ter reação, a polícia está para isso, ela não pode se acovardar, não pode fugir”, defendeu Tarcísio. Para ele, “o crime tem que ter respeito à polícia”. "A gente tem que respeitar a instituição policial, estamos travando um combate muito duro, complicado”, disse. 

Para Tarcísio, a guerra contra o crime organizado não é restrita apenas à segurança pública. “Se a gente não perceber que tem uma guerra sendo travada com o narcotráfico, não vamos conseguir combater. Essa guerra destrói a sociedade, não é uma guerra só da polícia, do governo do estado, é de todo mundo, de todos nós”, pontuou. 

Secretário de Segurança diz que ‘excessos são do crime’

Guilherme Derrite defendeu a ação dos policiais militares na Operação Escudo, que reprime o crime organizado na Baixada Santista após a morte do soldado Patrick Reis, da Rota, no Guarujá. O secretário de Segurança Pública de São Paulo afirmou que as acusações de tortura e excessos da PM “são narrativas” e que “há um exagero por parte do crime organizado”. 

Segundo Derrite, a Operação Escudo continua. “Vamos continuar, desmistificando as narrativas, dizendo que o indivíduo foi torturado. Todos os exames feitos pelo IML não apontam nenhum hematoma ou indício de tortura dos indivíduos que trocaram tiros com os policiais”, citou o secretário em entrevista coletiva. 

Ao ser questionado sobre possíveis excessos da ação da PM e das mortes na região do litoral de São Paulo, Derrite defendeu a PM. “Está tendo um exagero por parte do crime organizado, tanto é que apreendemos fuzis, pistolas, fuzis inclusive de calibres restritos, utilizados somente pelas forças armadas", disse. 

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