Golpista se passa por membro do PCC para extorquir vítimas em SP

Cobrança se trata de um golpe aplicado por criminosos que dizem agenciar garotas de programa e que se passam por membros do PCC

Da redação

Golpista se passa por membro do PCC
Reprodução/TV Band

Um criminoso gravou um vídeo para ameaçar uma vítima. Nas imagens obtidas pelo Brasil Urgente, eles mostram uma arma. Por aplicativo de mensagens, eles conversa. O bandido se apresenta como integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), na tentativa de dar um golpe em quem está do outro lado da tela do celular.

“Você iniciou conversa com nossa garota, deixando o sistema dela em aberto”, diz parte da mensagem. Em outro momento, é cobrado uma espécie de cachê da garota e do quarto da organização: “Aqui está debitado R$ 250 do cachê da garota e do quarto da organização”.

A dívida, totalizada em R$ 600, seria referente a um suposto programa contratado pela vítima. A cobrança, na verdade, se trata de um golpe aplicado por criminosos que dizem agenciar garotas de programa e que se passam por membros do PCC.

Segundo a Polícia Civil, a tática é usada pelos bandidos para impor medo. A consequência seria arrancar dinheiro das vítimas, muitas vezes escolhidas por meio das redes sociais.

“Eles pedem dinheiro, transferência Pix, justamente apresentado às vítimas vários dados pessoais da pessoa, como nome do pai, mãe, endereço, onde os filhos estudam. Isso é fruto de uma pesquisa de engenharia social. Eles aproveitam essa pesquisa, justamente, para atemorizar”, explicou o delegado Roberto Monteiro.

O delegado acredita que muitas das mensagens partem de dentro dos presídios e que os criminosos não são membros do PCC. Assim, se a pessoa não pagar o valor cobrado, eles partem para as ameaças. O perfil das vítimas, também, é cuidadosamente escolhido pelos bandidos.

“Geralmente, pessoas de mais idade, que têm poder econômico, casadas ou com relacionamentos. Até isso, a engenharia social consegue levantar”, continuou o delegado, que reforça a necessidade de se fazer um boletim de ocorrência. 

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.