Golpe falso PCC: golpistas fingem ser integrantes de facção para extorquir moradores em SP

Criminosos entram em contato por ligação pedindo uma contribuição para conseguirem libertar dois "irmãos" da facção

Da redação

Reprodução/Brasil Urgente
Reprodução/Brasil Urgente

Criminosos estão se passando por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para extorquir moradores e comerciantes em São Paulo. A nova modalidade de golpe já está no radar das autoridades de segurança. 

Os golpistas entram em contato por ligação, em posse de dados pessoais da vítima e da sua família, pedindo uma contribuição para conseguirem libertar dois "irmãos" da facção que foram presos e estão na carceragem do 8º DP, no Belenzinho, zona leste da capital paulista. 

O bandido afirma que o advogado conseguiu combinar com o delegado o valor de R$ 150 mil para que eles sejam soltos e, por isso, estão em contato com moradores e comerciantes da região para arrecadar o valor via Pix em troca de manter a paz e proteção na região. 

O Brasil Urgente teve acesso às ligações da quadrilha. Em uma delas, o criminoso sugere que a vítima faça um empréstimo bancário para enviar para a facção para que ela não fique na "lista vermelha", de quem está contra eles, sugerindo que quem não contribuir correrá riscos e chega a questionar se a vítima teve problemas de segurança na região. 

Durante o diálogo, o criminoso afirma que, com a contribuição, a vítima terá a paz garantida e o contato via Whatsapp com o comando caso ela precise de algum apoio. Na gravação, o bandido conta que 35 comerciantes e 25 moradores já contribuíram e que só faltam R$ 10 mil reais para conseguirem o valor pedido pelo delegado, por isso estão procurando quem ainda não colaborou com os "disciplinas". 

Segundo o capitão Vinicius Coelho, porta-voz da Polícia Militar, os golpistas conseguem as informações nas redes sociais das próprias vítimas ou em sites que possuem cadastro de cartão de crédito, geralmente de empresas que realizam empréstimos ou financiamentos.  

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