A influenciadora Lorraine Cutier Bauer Romeiro, presa nesta quinta-feira (22) em São Paulo após uma investigação por tráfico de drogas, passou a noite no 89º DP, no Morumbi. As informações são do Brasil Urgente.
Na carceragem do DP, a “Gatinha da Cracolândia” divide uma cela com a milionária Anne Cipriane Frigo, presa suspeita de matar o marido em junho e que cumpre prisão temporária até dia 28.
A chegada da influencer à carceragem causou alvoroço. Outras detentas famosas já passaram pelo local – casos de Suzane von Richtofen, Anna Carolina Jatobá, Elize Matsunaga e Luana Don.
As duas presas ilustres têm companhia de outras seis acusadas de crimes variados. Durante o dia, as quatro celas ficam abertas e elas podem circular. à noite, são trancadas e dormem em colchões no chão.
Nesta sexta-feira (23), o café da manhã foi pão com queijo e café com leite. Lorraine Bauer comeu sem reclamar. Desde que chegou, a traficante conversou bastante e contou a história de vida para outras detentas.
Por conta da pandemia, as audiências de custódia não são presenciais. O juiz analisa o caso e encaminha a decisão. Só faz uma videoconferência se julgar extremamente necessário.
No caso de Lorraine Bauer, a Polícia Civil já sabia que ela permaneceria na cadeia, porque, além da prisão em flagrante que está sendo analisada pelo juiz, ela tem também uma prisão temporária já decretada pela justiça pela investigação da operação Carontes.
Durante depoimento, ela não respondeu às perguntas da polícia. A advogada dela confirmou: o silêncio foi orientação da defesa.
“No momento a gente não vai se manifestar acerca dessa prisão especificamente”, explicou Ana Paula Soares na noite de quinta-feira. “Não tive acesso ao inquérito, (por isso) ela foi orientada a não responder.”
No fim da tarde desta sexta-feira, a Justiça converteu a prisão temporária em preventiva. Até o julgamento, ela permanece presa.
Outros inquéritos
Lorraine passou cerca de uma hora diante do delegado do 77º DP, na região central de São Paulo, na quinta-feira. Ela não respondeu a nenhuma pergunta e manteve sempre uma postura classificada como “arrogante” e “prepotente” por policiais que acompanharam o procedimento.
A jovem já havia demonstrado comportamento parecido no momento da prisão, em Barueri, na Grande São Paulo, quando indicou onde as drogas que vendia estavam escondidas, em um hotel abandonado na região da Cracolândia.
Ela apontou e os policiais encontraram maconha, cocaína, crack, lança-perfume e ecstasy. No local, outros suspeitos também foram presos.
Depois de passar pelo IML e fazer exame de corpo de delito, a traficante passou diante da imprensa, mas também não quis responder perguntas.
A chamada “Gatinha da Cracolândia” responde a pelo menos três inquéritos policiais, todos eles ligados ao tráfico de drogas. Em quatro meses de investigação, com policiais infiltrados entre os dependentes químicos, foi possível identificar que a barraquinha dela na Cracolândia era uma das que mais vendiam cocaína e crack
Do 77 DP, ela passou para a cadeia feminina do 89 DP. Entrou também em silencio. É a terceira prisão de Lorraine, mas a primeira vez em que ela deve permanecer algum tempo na cadeira.