Frota encontra responsáveis por ameaça de morte: 'Perderam a cabeça'

Deputado federal foi a delegacia para ouvir grupo que negociava morte dele

Da Redação, com Brasil Urgente

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) compareceu nesta segunda-feira (31) a uma delegacia da Polícia Civil de São Paulo para averiguar as ameaças que recebeu no final de semana. As informações são do Brasil Urgente.

Segundo Frota, os responsáveis pelas ameaças em redes sociais entraram em contato com ele através de intermediários para oferecer explicações. O grupo também compareceu à delegacia no fim da tarde desta segunda-feira.

“Eles explicaram que perderam a cabeça, que a força-tarefa vem fazendo um trabalho que tem deixado eles nervosos com isso. Eu negociei com eles de trazê-los para cá, porque eles não queriam vir em hipótese alguma. Eu falei que havia aberto esse inquérito, já havíamos feito aqui hoje pela manhã o Boletim de Ocorrência”, disse Frota à reportagem.

No fim de semana, o deputado informou ter sido alvo de ameaças de morte em um grupo de WhatsApp. O motivo seria sua atuação em uma força-tarefa contra festas e aglomerações durante a pandemia do novo coronavírus. Os responsáveis pelas ameaças seriam organizadores de eventos noturnos.

“Agora, vamos ouvi-los, vamos ver o que eles têm a falar. Eles estavam falando em um grupo fechado, um grupo restrito, fazendo ameaças de morte, falando uma série de coisas, e isso tem que ser passado a limpo aqui. Não pode, de nenhuma forma, a gente aceitar isso. Isso também não vai intimidar a força-tarefa, nós vamos continuar trabalhando, continuar fazendo nosso trabalho”, disse Frota, que assegurou trabalhar como voluntário nas ações.

“Eu, como deputado federal, tenho obrigação. E como cidadão brasileiro, repudio essas festas clandestinas”, acrescentou.

De acordo com o deputado, três promotores de festas se apresentaram à delegacia – a denúncia citava pelo menos oito pessoas envolvidas nas ameaças. Um depois foi identificado apenas como Anderson.

“Fui pessoalmente ao encontro deles, já que eles só queriam vir se eu viesse junto. Fui até eles lá e trouxemos eles, agora vamos ouvi-los”, disse o deputado do PSDB.

“O Anderson, que veio aqui com filho de colo, veio falar que iria fazer uma vaquinha para que pudessem me tirar do caminho em definitivo. Entendendo isso, a gente achou extremamente perigoso, por isso a gente tomou essas providências todas. Já tem denúncia no Ministério Público, inclusive.”

Segundo Alexandre Frota, a ameaça foi motivada pelo encerramento de uma festa em São Paulo. Mesmo com a denúncia, ele assegura que continuará participando da força-tarefa.

“Falaram que fizeram, que falaram, mas que eles estavam nervosos com a situação, haja visto que a força-tarefa não tinha nem 24 horas tinha encerrado uma festa com quase 200 pessoas. Eles ficaram chateados com isso e resolveram, na manhã do sábado, fazer esse tipo de ameaça”, explicou.

“Independente de qualquer coisa, não podemos deixar que isso passe despercebido, uma vez que a força-tarefa tem um apoio grande da sociedade, tem um apoio grande por parte da imprensa também. Nosso trabalho é salvar vidas. Ninguém gostaria de estar às 3h fechando festa clandestina, mas alguém tem que fazer isso, e a força-tarefa faz isso”, concluiu.

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