Ferroviários encerram greve da CPTM em São Paulo

Sindicato e governo do estado chegaram a um acordo no início da noite desta terça-feira

Da Redação, com Brasil Urgente

Os ferroviários entraram em acordo com o governo de São Paulo e decidiram encerrar a greve desta terça-feira (24) na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) no início da noite. Os trens devem voltar a circular nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade por volta das 19h.  

A informação foi confirmada por Múcio Alexandre, secretário-geral do SindCentral (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil), em mediação feita ao vivo pelo apresentador José Luiz Datena durante o Brasil Urgente, no fim da tarde desta terça.

A paralisação da operação nas linhas foi iniciada às 0h. Para auxiliar o transporte dos milhares de passageiros que foram pegos de surpresa, a empresa acionou a operação PAESE (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência).  

A circulação de trens foi afetada nas linhas 11-Coral e 12-Safira e 13-Jade em São Paulo. A paralisação afetou o transporte vários pontos da cidade, com filas de passageiros aguardando os ônibus do PAESE, principalmente na região central e na zona leste da capital. As outras linhas da CPTM operaram normalmente. Mesmo assim, confusões e aglomerações foram registradas nas estações durante todo o dia.  

Por conta da greve, o rodízio municipal de veículos foi suspenso pela prefeitura de São Paulo durante todo o dia.

O acordo com os ferroviários

Alexandre Baldy, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, declarou também ao Brasil Urgente que o acordo com o sindicato inclui o pagamento retroativo do reajuste aos trabalhadores em 5 parcelas em vez das 10 propostas inicialmente. 

Elas serão pagas a partir de outubro até dezembro, com a retomada em fevereiro e março de 2022, devido à implementação do novo orçamento estadual, feita em janeiro.

Além disso, o secretário prometeu reverter as 10 demissões anunciadas mais cedo de trabalhadores responsáveis pela organização da greve e marcar uma nova reunião para debater assuntos remanescentes com o grupo. 

Com a retomada do funcionamento nas linhas, cerca de 2.500 ferroviários vão voltar a trabalhar. Cerca de 500 mil pessoas foram afetadas pela paralisação dos serviços na linha na capital paulista.

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