Família pede justiça pela morte de menina de 13 anos no interior de SP

Sidney Martins, pai de Geovana, confessou o crime

Da Redação, com Brasil Urgente

A família da adolescente Geovana Costa Martins, 13, morta e enterrada pelo pai no quintal de casa no Jardim Conquista em Jacareí, no interior de São Paulo, pede justiça pelo assassinato.  

A mãe da jovem, Ana Lúcia Martins, diz que não entende porque seu marido, Sidney Martins, pai de Geovana, matou sua própria filha. Ao Brasil Urgente, da Band, a mãe o acusou de dissimulado.  

"Fui trouxa esse tempo todo. Eu não entendo. Ele não dava nem um tapa nela. Eu quero perguntar porque ele matou minha filha. Eu ia rezar, ele ia comigo. Ontem nós fomos à igreja. Ele estava comigo. A pista estava na nossa cara e nós não vimos."  

Maria Lúcia Costa, avó de Geovana, pede justiça e que os culpados paguem pelo crime. "Ele tem que pagar". A avó também afirma que a menina nunca relatou se a relação com o pai era ruim. "Se ela tivesse falado nós teríamos tomado providências."

O corpo de Geovana foi encontrado nesta sexta-feira (9), após ficar 21 dias desaparecido. Segundo a mãe, a menina nunca havia saído de casa. Sidney Martins confessou o crime na delegacia.  

O irmão da adolescente também foi preso, acusado de ajudar o pai na ocultação do cadáver. Na casa, além de Geovana, o irmão, e o pai, também morava a mãe Ana Lúcia.  

"Na sexta-feira eu vi um pedaço de terra, ele (Sidney) disse que era do morro, porque choveu. E eu nem me importei", disse Ana.

À polícia, o homem afirmou estar sob efeito de cocaína e havia discutido com a filha. A mãe da adolescente diz que seu marido havia deixado de usar drogas no ano passado.

"Minha filha deve ter visto ele usando e dito que ia falar para mim. Íamos fazer 26 anos de casados", relatou Ana Lúcia.    

A polícia investiga qual a participação do irmão de Geovana no crime. Já Ana Lúcia afirma que seu filho não sabe de nada sobre o crime. "Não tem motivo para ele ter participação nisso."  

Sobre a possibilidade de Geovana ter sido abusada sexualmente pelo pai e de estar grávida, Ana Lúcia afirma que não. "O laudo diz que foi asfixia. O ciclo menstrual batia com o meu, ela não estava grávida."

Até o momento, a polícia não vê indícios da participação de Ana Lúcia no crime. Já Sidney e Gabriel tiveram a prisão preventiva decretada pela polícia.