Estética da morte: pacientes arriscam a vida nas mãos de profissionais sem preparo

Casos recentes aconteceram em Brasília, Minas Gerais e Rio de Janeiro

Por Marcus Sadok

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Estética da morte: pacientes arriscam a vida nas mãos de profissionais sem preparo
Reprodução/Brasil Urgente

Para que o sonho de mudar o visual não vire pesadelo, especialistas em cirurgias plásticas fazem diversos alertas para que mais vítimas não sofram o que várias mulheres enfrentam pelo Brasil. Erros que podem ser irreversíveis e até fatais.

Em Minas Gerais, a polícia investiga a denúncia de oito mulheres que alegam terem ficado com deformações no rosto depois dos procedimentos estéticos com um cirurgião dentista e que não receberam nenhuma assistência do profissional.

O conselho regional de odontologia apura os casos, mas já identificou diversas propagandas irregulares do profissional que são proibidas pelo conselho. O cirurgião dentista nega as acusações.

Em Brasília, o procedimento estético terminou em morte. Uma influenciadora morreu após fazer uma cirurgia para aumentar os glúteos, com a aplicação de pmma. Aline Maria Ferreira da Silva tinha 33 anos. De acordo com a polícia civil, o procedimento foi realizado em uma clínica de estética de Goiânia. A dona da clínica foi presa e a clínica foi interditada.

Tragédia em procedimento estético também no Rio de Janeiro. Roberta da Silva Mendonça, de 42 anos decidiu fazer lipoaspiração na barriga, nas costas, prótese nos seios e enxerto de gordura nas nádegas. Os procedimentos foram feitos, em julho, no entanto, 12 horas após o fim da última cirurgia ela começou a passar mal. A paciente não resistiu e morreu.

A médica que fez as cirurgias em Roberta é Anike Brilhante. Nas redes sociais, ela compartilhava informações sobre cirurgias e a experiência profissional em procedimentos como os feitos na paciente. A polícia civil investiga a morte de Roberta Mendonça. Anike já responde a, pelo menos, um processo por negligência médica.

Atenção redobrada também para evitar os profissionais que fingem ter especialização para procedimentos estéticos, mas não tem. Uma estudante de biomedicina foi presa por exercício ilegal da profissão, no Rio. Ela fazia procedimentos estéticos sem registro profissional. Silmara Mello usava as redes sociais para atrair as clientes. Silmara vai responder por crime contra a saúde pública e pode pegar de 10 a 15 anos de prisão.

Para não cair em nenhuma armadilha, os especialistas em cirurgia plástica recomendam a busca por profissional de confiança, investigar bem a clínica e realizar todos os exames possíveis para evitar surpresas durante a cirurgia.

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